terça-feira, 14 de agosto de 2012

Helena Petrovna Blavatsky: A mulher mais sabia do Séc. XIX.

Uma resumida biografia de uma das mais polêmicas mulheres do Séc. XIX, porém carismática e sábia. Helena Petrovna Blavatsky, que fundou a Sociedade Teosófica e viveu intensamente, mudando paradigmas na sociedade ocidental.
Nascida na cidade de Ekaterisnoslav, do antigo Império Russo, entre os dias 30 e 31 de julho de 1831( Calendário Juliano – 12 de agosto no caledário Gregoriano), exatamente à meia-noite – considerada uma noite mágica em virtude pelo povo russo, pela eqüivalencia à noite de São João nos países europeus. Filha primogênita de um família de nobres russos, nasceu prematura, o que lhe conferiu uma saúde debilitada, porém, manifestou em sua infância poderes psíquicos inatos. Segundo as afirmações Giordano Bruno, filosofo e escritor renascentista, tais poderes são inatos nas crianças – o que ele afirmava como a Magia das Crianças, pois elas nascem com estas capacidades sobrenaturais e que são forçadas a abandoná-las devido a ignorância dos pais, da sociedade e de dogmas religiosos, ou seja são castradas de seus poderes latentes – e devido ao contesto da época e da sociedade superticiosa, a manifestação destes poderes a isolou de sua família e posterormente dos criados da casa.
Ao longo de sua adolescência quebrou regras sociais, mas sem ferir a moral de sua família, porém seu comportamento impulsionou a família a arranjar um casamento rápido e o fizeram ao atingir a idade de 16 anos com um ancião de 70 anos, Nicéforo Blavatsky. Três meses depois fugiu, embora o ancião fosse um homem bondoso, retornou dez anos depois para a anulação do seu casamento. Teve uma vida de intensas aventuras, vivendo como reporte de guerra ao lado das tropas de Garibaldi, disfarçada de rapaz, nas lutas do Rio da Prata entre o Império Português e os recem criados países de língua espanhola, foi presa neste momento. Com suas viagens os poderes parapsicologicos foram se acentuando. Poderes esses que se mainfestaram na infância como premonições, levitação e fenômenos ligados a mediunidade. A descrição de seus contemporâneos transitava entre os extremos de admiração e os extremos de desprezo. Era uma pessoa fascinante, senhora de virtudes como carisma, inteligência, vivacidade pessoal, e um grande senso de humor. Seu comportamento era imprevisível , longe das convenções sociais, era dramática, impulsiva e propensa a dar escândalos, a opinião dos outros lhe era indiferente, mas não era esnobe. Falava abertamente sobre sexo, embora não deixava parecer alguma natureza sensual. Seus artigos encheram as páginas dos principais jornais da era Vitoriana, quase todos assinados com pseudonimos, em uma época propensa à aventura e ao exotismo, das quais Helena Petrovna Blavatsky percorreria.
Em 1868, recebeu um aviso de seu mestre para se juntar a ele na cidade Constantinopla, para uma jornada ao Tibete, permanecendo um tempo no mosteiro Tashi Lhunpo em Tsi-Gá-Tsé, a sede do Panchen Lama. Recebida por ele como discípula e introduzida no Budismo Tibetano, recebendo ademais uma preparação especial para sua futura missão no ocidente. Traduziu o Livro Tibetano dos Preceitos de Ouro para o inglês. Em 1872 fundou no Cáiro, Egito, a Sociedade Espírita (La Société Spirite), onde pretendia incentivar os fenômenos espíritas e mediúnicos codificados por Allan Kardec. Deixando esta sociedade mais tarde.
Em 1875 fundou a Sociedade Teosófica, em Nova York, com a ajuda do Coronel Henry Steel Olcott e William Quan Judge para discutirem ocultismo e outros relacionados ao esoterismo e filosofia. Publicou diversos livros relacionados a esses temas até 08 de maio de 1891, em Londres. Seu corpo foi cremado e jogado no Rio Tâmisa. Portanto Helena Petrovna Blavatsky foi uma mulher que marcou época e levou o conhecimento oculto aos ocidentais, que estavam divididos entre o materialismo, o ateísmo e a força de uma época, que estranhava-se outros valores atemporais, costumes diferentes e alternativas espirituais, científicas e filosóficas.