sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Roberto Landell de Moura - O padre inventor-cientista.

O padre Roberto Landell de Moura, foi uma das mentes mais brilhantes, investigativas e científicas do Brasil. Muitas de suas pesquisas e invenções são utilizadas nas tecnologias atuais, porém, quase não teve um reconhecimento.
Roberto Landell de Moura, S.J. (sacerdote jesuíta), nascido em 21 de janeiro de 1861, na cidade de Porto Alegre (R.S.), foi um padre de mentalidade científica. Trabalhou com experimentos relacionados a ondas eletromagnéticas, sendo um dos pioneiros na descoberta do rádio, do qual ele mesmo construiu o equipamento, do qual foi patenteado nos Estados Unidos, em 1901. Manteve diálogos científicos com o imperador D. Pedro II, nas oportunidades em que foi capelão coadjunto do Paço imperial, tais diálogos foram importantes para suas pesquisas e invenções. Além do fato de ser um padre jesuíta, cuja ordem valoriza as pesquisas, os estudos e as ciências. Desta forma o padre Landell de Moura teve as características necessárias para ser um cientista, que se interessou por física, química, biologia, psicologia, parapsicologia e medicina.
O padre Landell de Moura realizou sua primeira transmissão de voz humana, em 1893, segundo a publicação do jornal O Estado de São Paulo noticiou que a transmissão aconteceu em 1899. A transmissão realizada por Landell de Moura ocorreu por intermédio de dois instrumentos: um transmissor de ondas, que eram enviadas para um receptor, um telefone sem fio – como foi considerado na época -, que utilizava a luz com uma onda que levava o som até o seu destino. Além, de suas pesquisas no campo da rádio-transmissão, teve sua atenção as energias eletromagnéticas, a relação da energia sutil com o corpo bioplasmático, que em sua pesquisas o chamou de Perianto, ou seja, a bioleletricidade – aura - , que pode ser registrado por fotografia elétrica. Tais pesquisas se iniciaram no Séc. XIX, a princípio eram chamadas de Efluviogafias, só no Séc. XX passaram a serem chamadas de Fotos Kirlian, que utilizou os pricípios do padre Roberto Landell de Moura sobre o Perianto, em que o casal Kirlian (na Rússia, década de 1930) ganhou as glórias e a máquina eletrográfica passou a ser chamada de Máquina Kirlian.
Muitos dos seus inventos servem a humanidade até hoje, o sistema Wireless dos telefones e controles remotos de televisão, porém na época as autoridades tiveram descaso com suas descobertas e invenções e atraiu a antipatia da plebe, que ignorante por natureza, o insultou como “herege”, “impostor”, “feiticeiro” e “padre renegado”, por causa das transmissões de rádio e acusado de ter “pacto com o diabo”, por causa das fotos eletrográficas.
Numa tarde de meados do ano de 1900, ao retornar de uma visita a um doente, o padre Landell de Moura encontrou o seu laboratório e os instrumentos destruídos na casa paroquial. Porém obteve as patentes de seus inventos nos Estados Unidos e no Brasil, posteriormente. Veio a falecer em 1928, na cidade de Porto Alegre (R.S.), no dia 30 de julho, devido a tuberculose. As suas obras mostravam um homem que se destacava por seu brilhantismo e suas habilidades científicas e inventivas, em uma sociedade que não compreendia a ciência e os mistérios expostos pelo padre Roberto Landell de Moura. Obteve o reconhecimento em 2011 e seu nome foi posto no Livro dos Heróis do Brasil, naquele ano.