quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Crítica aos críticos da Filosofia.

As pessoas  criticam a Filosofia e a sua importância na sociedade, em virtude de suas paixões oclocraticas. Neste artigo criticamos estes críticos da Filosofia.
O que é Filosofia? A Filosofia é o amor ou a amizade pela sabedoria. Contudo não é uma ciência, mas uma disciplina do pensamento e uma busca constante pela compreensão sobre a natureza essencial das coisas, dos fenômenos e suas manifestações. [1]

 Desta forma ela é a mãe das ciências, pois realiza a iniciação da verdade, através, da investigação dos fenômenos, do sentido das palavras, da essência dos seres, das coisas. Mas, muito mais do que isso a Filosofia tem um compromisso com a vida Moral e a vida interior, assim como, em um nível mais imediato com o processo civilizatório de uma sociedade VERDADEIRAMENTE HUMANA.[2]
 
Sendo assim, a Filosofia é uma ferramenta e uma força racional, na construção de uma sociedade virtuosa, que através das virtudes as pessoas realizem suas vocações e alcancem suas auto-realizações.[3] 
Contudo, a Filosofia tem sido alvo de ataques, escárnios e desprezos por parte da plebe, dos pseudo-intelectuais de esquerda, dos corruptores, dos fanáticos religiosos e dos “agentes da Matrix”.[4]
 
A plebe odeia a Filosofia por estarem apaixonados por suas bestialidades e apegados aos prazeres ilusórios e materialistas.[5] 
Os fanáticos religiosos a odeiam em virtude do amor e da valorização da ignorância, além do estreitamento da inteligência prática, de visão deturpada de mundo e do ódio pelo diferente. Este grupo tem sido visivelmente dominante nesta sociedade.[6] 
Intelectuais de esquerda e corruptores são aqueles que tentam e conseguem alterar ao seu bel-prazer o conceito da Filosofia. Sendo os primeiros dirigidos, os seus discursos, para a ideologia político-partidária, mais precisamente para as esquerdas (comunismo, socialismo, e oclocracia). São pessoas que colocam a Filosofia de forma deturpada, através da dialética, para conquistar adeptos ou culpabilizar os outros ou gerar o separativismo social, através das lutas de classes.
 
Os corruptores são diversos, pois podem desqualificar a Filosofia e os filósofos, a fim de lucrar com o estado de barbárie atual e questionar a Filosofia, mais precisamente a sua “utilidade”, ou seja, o Utilitarismo, criticado por Sócrates e por Cícero.[7]

Esses “agentes” (intelectuais esquerdopatas e corruptores) supra citados são os “agentes da Matrix”, pois como foi explicado no filme Matrix, qualquer um é um potencial agente do sistema vigente, que irá defende-la, por paixão e apego ao Modus Vivendi em que nos encontramos hoje, assim como foi explicado por Platão em sua “Alegoria da Caverna” em que os cativos matam o filosofo. Para estes homens fadados ao eterno torpor ilusório na sua “Caverna”, nas garras de Maya, aonde sua consciência adormece, viver é sobreviver e pensar dá trabalho.[8]
 
Todavia, o pior ataque realizado a Filosofia é o “Utilitarismo”, pois manifesta uma desonestidade moral e cívica por parte dos atacantes, que têm compromisso com o oportunismo, o imediatismo e com a manutenção da ignorância vigente na sociedade, remetendo o povo, carente de virtudes para alcançar a grandiosidade do Caráter, a inteligência prática e regressivamente a bestialidade.[9]
 Sendo assim a Filosofia tem como missão humanística elevar o homem comum a grandiosidade do Caráter fomentando a virtude, a integração com a nossa essência e inserindo a sociedade no caminho da civilização.
Notas e referências bibliograficas:

[1] GUZMÁN, Délia Steinberg – Otimismo e Filosofia – Edições Nova Acropole - Belo Horizonte – M.G. – 2009 – pág. 7. LIVRAGA, Jorge Angel – Nós, Filósofos Acropolitanos - Edições Nova Acropole - Belo Horizonte – M.G. – 2010 – pág. 7. FERACINE, Luiz – Cícero: O maior filosofo latino - Edições Escala – Jardim das Laranjeiras – S.P. – 2011 – pgs. 19 e 20.
[2] GUZMÁN, Délia Steinberg – Os Jogos de Maya – Edições Nova Acropole - Belo Horizonte – M.G. – 2011 – págs. 43, 180 à 183. FERACINE, Luiz – Op. Cit.– pgs. 18. GUZMÁN, Délia Steinberg – Filosofia para Viver – Edições Nova Acropole - Belo Horizonte – M.G. – 2012 – pág. 24. GRACIAN, Baltasar – A Arte da Prudência – Editora Martin Claret – São Paulo – S.P. – 2006 – págs. 25, 26 e 42.
[3] N. A. (nota do Autor) – Pirâmide das Necesidades de Abrahan Maslow, que cita e classifica as necessidades dos seres humanos.
[4] N. A. (Nota do Autor) – O filme Matrix é baseado na Alegoria da Caverna descrito por Platão.
[5] FERACINE, Luiz – Op. Cit. - pgs. 69. GRACIAN, Baltasar – Op. Cit. – Editora Martin Claret – São Paulo – S.P. – 2006 – págs. 84, 93 e 94.
[6] GUZMÁN, Délia Steinberg – Filosofia para Viver – Edições Nova Acropole - Belo Horizonte – M.G. – 2012 – págs. 97 à 99.
[7] GUZMÁN, Délia Steinberg – Filosofia para Viver – Edições Nova Acropole - Belo Horizonte – M.G. – 2012 – págs. 100 e 103. FERACINE, Luiz – Op. Cit. - págs. 69 à 71, 75, 77 à 80.
[8] PLATÃO – A República – Editora Martin Claret – São Paulo – S.P. – 2000 – págs. 210 à 212.
[9] CÍCERO, Marco Túlio, Dos Deveres (Tomo III)  - in FERACINE, Luiz – Op. Cit. - págs. 121 à 127.