quinta-feira, 26 de julho de 2018

Entre a Cruz, a foice e o martelo.

A sociedade se encontra divida entre dois projetos de poder. À direita temos o fundamentalismo religioso, ou seja, o fanatismo, e a esquerda temos os perigos socialistas (da social-democracia ao comunismo radical).

Em todos os artigos escritos pelo presente colunista sempre foi alertado e criticado as políticas e linhas de esquerda que tinham como objetivos o poder, a destruição da civilização ocidental e o controle da propriedade privada, assim como o domínio do cidadão e da sua consciência. Sendo assim o fim da liberdade e dos valores civilizatórios, como foi proposto pelas esquerdas.

Outro perigo que se avizinha é a idéia de uma teocracia, que visa impor a Religião como modelo único, excluindo as investigações científicas e filosóficas.

Teocracia

Ambos os projetos são arriscados para a sociedade. As esquerdas nivelam por baixo os padrões, arremessando o ser humano na mediocridade e na miséria coletiva, muitas vezes matando populações inteiras de fome e trabalhos forçados.

Quanto à teocracia submete a sociedade ao proselitismo agressivo e a tirania fanática. Perseguindo os contrários, com taxas, obrigações e decesso a serviços e realizando o clientelismo de favores e privilégios dos fiéis.

O Estado brasileiro é laico e democrático, o que é considerado como fraqueza pelos dois projetos de poder, pois o laicismo coloca o Estado em uma posição neutra e separada da religião, que a torna alvo de críticas pelos religiosos e fanáticos. Para as esquerdas o laicismo é uma porta aberta para a formação de um Estado Ateu, que proíbe as religiões e suas manifestações de forma totalitária. Já a democracia é uma fraqueza que abre as portas para a oclocracia, para os fanatismos, aventuras republicanas e os Golpes de Estado, devido à tolerância as vicissitudes e decadências morais.

Para a nossa sociedade o ideal seria vivermos em uma sociedade Aristocrática, com seus valores virtuosos e sapienciais, sempre respeitando a liberdade, o livre-arbítrio, a livre iniciativa, a propriedade privada e família. Vivermos em um Estado Devocional, que diferente da teocracia, tem uma religião oficial, mas respeita-se a liberdade de culto como foi no artigo 5º da Constituição imperial do Brasil.

CONSTITUICÃO POLITICA DO IMPERIO DO BRAZIL.

EM NOME DA SANTISSIMA TRINDADE.

TITULO 1º

        Do Imperio do Brazil, seu Territorio, Governo, Dynastia, e Religião.

Art. 5. A Religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a Religião do Imperio. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto domestico, ou particular em casas para isso destinadas, sem fórma alguma exterior do Templo.[1]

Sendo assim a atual conjuntura se mostra em uma dualidade que torna a sociedade dividida, separada e em confronto de forças que se anulam, ou seja, dois extremos que se combatem e se proscrevem. Tal problema se dá em virtude da ausência da busca de um equilíbrio, um caminho do meio, uma justa medida como foi apresentada no sétimo parágrafo, em que se sugere uma formação de uma sociedade Aristocrática, um Estado Devocional e do regresso de uma Monarquia Constitucional.

Notas e referencias bibliográficas:

domingo, 3 de junho de 2018

Soldado Medeiros.

Alguém sabe quem foi Soldado Medeiros?
Durante o processo de Independência do Brasil destacamos muitos fatores, fenômenos e pessoas que colaboraram com a emancipação de nosso país.
Neste presente artigo destacamos a memória do soldado Medeiros, ou seja, a heroína da Independência, Maria Quitéria de Jesus Medeiros, que fugiu de casa para se unir ao exército a fim de defender os ideais de emacipação do Brasil contra as forças de resistência lusitanas na Bahia. Alistando-se com o nome de Medeiros.
Movida pelo exemplo do martírio da Soror Joana Angélica de Jesus, que foi morta por um soldado no interior do convento da Lapa, em 20 de fevereiro de 1822, por um soldado das tropas lusitanas.
Embora, muitos historiadores e professores de História afirmem que no Brasil não ocorreu uma Guerra de Indepedência como nos Estados Unidos, ainda assim ocorreram conflitos armados entre independentistas e reinóis portugueses, de maneira a derramar sangue em solo brasileiro de ambos os lados.
O ideal de Independência foi amadurecido aos poucos, alimentado e consolidado por atos políticos e econômicos, fruto de um processo lento. Este ideal era reforçado pelas rivalidades existentes estre brasileiros e portugueses, em virtude das regálias obtidas pelos segundos em detrimento dos nativos.
Quando os ecos da Revolução do Porto chegaram ao Brasil, em novembro de 1820, mais precisamente, na Bahia, os ânimos estavam exaltados e grupos se dividiam, entre contras e a favor, em torno das Cortes de Portugal e estas deixaram de representar o centro dos interesses e a emancipação estava arriscada.
Voltando nossas atenções à Maria Quitéria. Seu pai, o fazendeiro Gonçalo Alves de Almeida, ao descobrir a sua ação  foi buscá-la, no qual seu comandante em exercício do Batalhão dos Periquitos, José Antonio da Silva Castro, a defendeu devido a seus méritos como soldado, sua valentia como combatente e mulher. Em virtude de seu ato foi constituido um batalhão de mulheres, moças que aderiram a causa independentista.
No dia 2 de julho de 1823 o Exército brasileiro entrava vitoriosamente em Salvador e Maria Quitéria foi saudada pela população como heroína. Sua coragem foi reconhecida pelo Imperador D. Pedro I, que lhe concedeu a honraria da insígnia de cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro.
Após sua participação nos conflitos de Independência, lutar  pelo seu nascente país, Maria Quitéria voltou para casa reformada com o título de Alferes (2º tenente), se casou, teve uma filha e viveu com a casa que seu marido Gabriel Pereira de Brito lhe deiuxou de herança. Faleceu no dia 21 de agosto de 1853, em Salvador, quase cega em total anonimato. Seus restos mortais estão sepultados na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento e é considerada como patrona dos Quadros Complementares do Exército.