quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Voto nulo: parabéns!!!

Cada vez mais pessoas estão descontentes com a política.

 
Nesta campanha eleitoral no Rio de Janeiro se destacou nas pesquisas o aumento do numero de pessoas que estão decididas em anular seus votos ou votarem em branco, chegando a terceiro lugar nas pesquisas. Tal fenômeno ocorreu em virtude do descontentamento das pessoas com relação aos candidatos, a democracia e ao processo político e eleitoral.
Durante os anos da distensão da Ditadura Militar, em que foram realizados as eleições, em 1983, para governadores estaduais ocorreu a participação das eleições diretas para este processo político, ou seja, o povo votou, o que em um primeiro momento representou uma “vitória da democracia”, porém, a política brasileira é permeada por oligarquias e grupos de interesse, além da incapacidade de participativa do povo, que é impulsionado por sentimentos desnecessários, impulsos bestiais e apetite insaciável por vantagens, sem equilíbrio e responsabilidades de suas ações.
Nossos políticos são o reflexo do povo, da plebe, que formam grupelhos de interesses em defender os seus interesses.
Contudo, este quadro trouxe descontentamento e nojo do processo e da falsa participação na política, pois são eleitos os mesmos grupos e oligarquias que defendem os seus interesses ou aqueles que defendem a oclocracia, a enanocracia e a barbárie, devido ao seus alinhamentos ideológicos com o crime e a Revolução.
Cada vez mais as pessoas sentem vontade de não participar das eleições ou anular o voto, como foram os casos das eleições municipais de Vassouras (RJ) e, atualmente, com o aumento considerável de pessoas que afirmaram nas pesquisas seus posicionamentos em anular o voto ou votar em branco, pois esta opinião se mostrou em quarto lugar.
Tal fato nos leva a refletir sobre a política nacional e os descaminhos tomados. Contudo, o brasileiro cônscio da conjuntura atual ainda não vislumbrou a realidade da política, pois esta é a Arte de conduzir os povos rumo a apoteose civilizatória, que foi perdida no Golpe da República e na Primeira República, em que se consolidaram as oligarquias. Pois precisamos de um governo de pessoas virtuosas e sábias – Aristocracia – como nos ensinaram Ptah-Hotep, Sócrates, Platão, Aristóteles, Confúcio e os Imperadores do Brasil (D. Pedro II e a Princesa Dª. Isabel).
O Brasil precisa de virtudes e de civilização, pois hoje os povos do Brasil rumam ao Abismo da Oclocracia, oligofrenia e barbárie.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Videogames: a consolidação do hedonismo.


 “Quero ganhar a vida jogando videogame” - palavras de um adolescente.

Um grupo de adolescentes contaram para este autor sobre a mais recente modalidade de ganho financeiro através da diversão, que seria ganhar a vida jogando videogame, ou seja, através da diversão eletrônica ganhar uma fortuna considerável. O que expressa erros atuais no materialismo, no hedonismo e na criação de nossos filhos.
Algumas décadas atrás os pais almejavam e educavam seus filhos para serem cidadãos honestos, trabalhadores e exemplares e estes homens e mulheres maduros eram nossos modelos de vida. Porém, com os adventos da tecnologia, do videogame, da Internet, da omissão dos pais somadas ao ECA e a influência do materialismo exacerbado com o apego ao hedonismo e com o incetivo à vagabundagem, gerou um novo e assustador tipo de jovem que não quer trabalhar e quer adquirir dinheiro rápido, fácil e em grande quantidade.
Tal jovem busca através do apego à ilusão e ao ócio nocivo um forma tirânica impôr o seu desejo vazio de propósito, tendo como mola motriz desta pseudo-motivação uma forma de lucro imediato trazido pela tecnologia e pela informática voltada para a diversão.

Este fenômeno atual tem incentivo das grandes empresas de jogos eletrônicos e grupos de interesses em deformar os jovens e as sociedades atuais com campeonatos que premiam os jogadores em dinheiro nestes eventos. Afirmando que eles ganham por mês a quantia aproximada de R$250.000, 00.
Entretanto, este desvio começa em casa com os pais que incentivam e impõe seus filhos a obterem bens materiais e a levar vantagem em tudo, tanto em discurso como por atitudes, ou seja, criam uma criança ou um jovem de moral desvirtuada, em que o importante é ter mais do que realmente ser.

Contudo esta é uma natureza inferior que os homens têm em virtude de seu apego ao que é fácil, prazerosos e ligado ao seu lado bestial ou instintivo. O estoico Epiteto nos ensinou que: “A verdadeira Liberdade consiste no domínio de nosso impulso”.
Desde o advento dos videogames da década de 1980 no Brasil os jovens procuravam se divertir com estas máquinas eletrônicas, porém sabiam equilibrar esta com outras atividades sociais e recreativas com outras criança e jovens. Seu mundo não ficava resumido a uma tela de computador e havia um plano de vida. Embora poucos jovens se atinham ao idealismo, mas os materialistas existentes possuíam uma ética e sabiam dosar esta angustia.

Nossos filhos são angustiados e encontraram neste materialismo antiético uma forma de enganar sua fome e impor um modelo de mundo juvenil ligado ao ócio nocivo e apegados ao hedonismo.
O filosofo Platão nos afirmava que deveríamos dividir o nosso tempo em seis horas de atividades distintas entre o sono, o trabalho, o estudo e os Divinos Ócios, sendo estes utilizados numa forma de aproveitamento de tempo para o uso de Hobbies, ou seja, os nossos talentos, a nossa vocação, aquilo que fazemos melhor sempre ligados as Artes, as Musas, as Atividades Físicas e contemplações harmônicas interiores (meditação) e exteriores (passear ou contemplar a Natureza ou Kosmos). Poucos pais cientes desta filosofia aplicam e incentivam seus filhos nesta direção.

O que nos parece é que teremos mais uma geração perdida para o ócio, a vagabundagem, a Tirania oclocrática, as paixões e para o hedonismo.




quinta-feira, 7 de agosto de 2014

História das mentalidades: O Esperanto.

As idéias são fortes e quando são abordadas por pessoas que se propõe a formar um mundo bom, belo, justo e verdadeiro, então estas idéias ultrapassam tempo e espaço.
 Durante o Séc. XIX foram expostas muitas idéias em concomitância com outros fenômenos históricos entre eles as fundações das seitas cristãs, do Espiritismo-cristão, de ordens de mistérios, descobertas científicas, invenções tecnológicas, segunda Revolução industrial, contato com o oriente, nascimento do nacionalismo, unificação da Alemanha e da Itália, processo de independência das Colônias espanholas e portuguesa nas Américas, o espectro da Revolução Francesa, a implementação do Poder Moderador na política e a defesa do abolicionismo.
Entre esta dinâmica ocorrência de fenômenos oitocentistas, que influenciaram fortemente o Séc. XX e a Idade Contemporânea1, surgiu a idéia de um jovem idealista de nacionalidade russa, Ludwig Lejzer Zamenhof2, que movido pelo sentimento de humanismo, compaixão e vontade de resolver os problemas do cotidiano de sua cidade,Bialystok, em que haviam diversos povos com línguas diferentes, que dificultava a compreensão naquele momento.
Tal dificuldade moveu o jovem Zamenhof a criar um língua auxiliar neutra para fins facilitar as comunicações e o cotidiano dos povos estrangeiros em outro país. Desta forma podemos observar que as dificuldades geraram necessidades que promoveram um movimento por parte do jovem Zamenhof para solucioná-las.
Lançando em 26 de julho de 1887 o primeiro livro - Lingvo Internacia – com suas próprias economias em virtude de não encontrar um editor para publicar a sua obra e apoiar a sua idéia3. Porém este não foi o primeiro obstáculo, pois seu pai na juventude o tentara demovê-lo desta idéia solicitando que ele fizesse o curso de medicina para depois retomar seu projeto. Sendo que ao retornar para casa o pai de Zamenhof havia jogado fora o seu trabalho. Mas este jovem idealista retomou com força maior o seu projeto.
Para os que não conhecem o Esperanto foi a união trabalhada de línguas indo-européias composto por um alfabeto latino modificado em que cada letra possui som, embora estivessem excluídas as letras qwx e y, se mostrou muito pragmático e funcional. Contudo, neste presente artigo não entraremos em detalhes gramaticais e lingüísticos. Mas, tem sido adotado largamente por grupos e foi aprovado pela ONU como uma língua neutra.
Entretanto não é muito utilizada em virtude da ocorrência de duas Guerras Mundiais que marcaram o planeta no Séc. XX e do impedimento de países e governos anglófonos, mais precisamente os E.U.A., a fim de manter a hegemonia cultural e sua influência política e comercial no mundo pós-guerra (Segunda Grande Guerra Mundial), sepultando desta forma o esforço para propagar esta Língua franca internacional – Lingvo Internacia4 -, pois poderá colaborar muito com a diplomacia.
Pois a proposta inicial e atual desta língua franca é manter as línguas originais de seus países respeitando suas nacionalidades e suas culturas respectivas, apenas utilizando uma língua neutra para a comunicação entre as pessoas de diversas nacionalidades a fim de se entenderem e derrubando o imperialismo cultural e a imposição lingüística de algum país que se considere melhor que o outro.
Mesmo assim, é pouco utilizada e pouco incentivada, embora ocorreu um reconhecimento pela UNESCO como uma Língua franca que contribui com a educação, cultura e ciência da humanidade e no governo brasileiro ocorre um incentivo para a adoção do Esperanto nas escolas, pois é uma língua neutra que se propõe a respeitar a língua nativa de outros países e a nacionalidade e patriotismo das pessoas promovendo um intercâmbio entre as pessoas. E atualmente tem ocorrido uma grande adesão de pessoas no movimento esperantista.
Desta forma podemos observar que as idéias e as pessoas que as sustentam escreveram mais uma página na História do mundo, além de colaborar com a sua mudança e tais idéias foram geradas em um passado que influenciou e construiu as gerações futuras.
Notas e referências bibliográficas:
1 N.A. (Nota do Autor) – A Idade contemporânea surgiu com o advento da Revolução Francesa, que influenciou e atingiu profundamente o mundo ocidental. Inaugurando uma era que rompia de forma violenta com as estruturas civilizatórias do ocidente.
2 N.A. - Ludwig Lejzer Zamenhof (Lázaro Luís Zamenhof) – nascido em 15 de dezembro de 1859 na cidade de Bialystok – antigo Império Russo, atual Polônia – falecido em 14 de abril de 1917 na cidade de Varsóvia. Foi oftalmologista e filólogo judeu polonês.
3 ZAMENHOF, L.L. – Esperanto Modelo – Federação Espírita do Brasil – Rio de Janeiro – R.J. – pág. 04.
4 Nome original do Esperanto.