Alguém sabe quem foi Soldado Medeiros?
Durante o processo de Independência do Brasil destacamos muitos fatores, fenômenos e pessoas que colaboraram com a emancipação de nosso país.
Neste presente artigo destacamos a memória do soldado Medeiros, ou seja, a heroína da Independência, Maria Quitéria de Jesus Medeiros, que fugiu de casa para se unir ao exército a fim de defender os ideais de emacipação do Brasil contra as forças de resistência lusitanas na Bahia. Alistando-se com o nome de Medeiros.
Movida pelo exemplo do martírio da Soror Joana Angélica de Jesus, que foi morta por um soldado no interior do convento da Lapa, em 20 de fevereiro de 1822, por um soldado das tropas lusitanas.
Embora, muitos historiadores e professores de História afirmem que no Brasil não ocorreu uma Guerra de Indepedência como nos Estados Unidos, ainda assim ocorreram conflitos armados entre independentistas e reinóis portugueses, de maneira a derramar sangue em solo brasileiro de ambos os lados.
O ideal de Independência foi amadurecido aos poucos, alimentado e consolidado por atos políticos e econômicos, fruto de um processo lento. Este ideal era reforçado pelas rivalidades existentes estre brasileiros e portugueses, em virtude das regálias obtidas pelos segundos em detrimento dos nativos.
Quando os ecos da Revolução do Porto chegaram ao Brasil, em novembro de 1820, mais precisamente, na Bahia, os ânimos estavam exaltados e grupos se dividiam, entre contras e a favor, em torno das Cortes de Portugal e estas deixaram de representar o centro dos interesses e a emancipação estava arriscada.
Voltando nossas atenções à Maria Quitéria. Seu pai, o fazendeiro Gonçalo Alves de Almeida, ao descobrir a sua ação foi buscá-la, no qual seu comandante em exercício do Batalhão dos Periquitos, José Antonio da Silva Castro, a defendeu devido a seus méritos como soldado, sua valentia como combatente e mulher. Em virtude de seu ato foi constituido um batalhão de mulheres, moças que aderiram a causa independentista.
No dia 2 de julho de 1823 o Exército brasileiro entrava vitoriosamente em Salvador e Maria Quitéria foi saudada pela população como heroína. Sua coragem foi reconhecida pelo Imperador D. Pedro I, que lhe concedeu a honraria da insígnia de cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro.