sexta-feira, 11 de março de 2011

Budismo & cidadania.

De que forma o Budismo pode contribuir com a cidadania? Esta tradição religiosa pode contribuir de forma positiva para as sociedades, que carentes de sabedoria e equilíbrio.

No imaginário das pessoas comuns o Budismo é uma religião de inércia, porém, em uma análise antropológica mais profunda as tradições budistas podem colaborar com a Paidéia.
Cidadania não é só o voto, sufrágio universal, mas participar de forma decisiva na Polis, seja de forma pequena ou grande. Pode se afirmar que são os detalhes que compõe o mosaico. Faz-se necessário contemplar a contribuição de todos os participantes no funcionamento da cidade, da sociedade, e sermos gratos pelos serviços prestados, pelos benefícios disponibilizados e pelos méritos alcançados.
O Budismo é uma religião voltada para as questões humanas, essencialmente falando, que cultiva através da prática da Profissão dos Cinco Preceitos uma forma de refrear nossos impulsos e de refinar nossas humanidades.
Ser humano no Budismo é questão que precisa ser valorizada e não menosprezá-la, pois se torna uma oportunidade, embora os constantes renascimentos exaure as nossas energias nos escravizando em nossas Rodas de Samsara, por isso a sabedoria budista é uma forma de cultivar a coerência de viver nossas vidas de acordo com a sabedoria e, consequentemente, alcançarmos o Estado de Buda ou budeidade.
Uma das formas importantes de colaboração que o Budismo pode dar é sobre seus estudos do caminho do Bodhisatva, cuja característica é a compaixão por todos os seres, compaixão esta que sacrifica sua própria iluminação para que todos os demais seres sencientes possam alcançar o Nirvana antes dele. Mais precisamente esta é uma característica do Budismo Humanista que não separa a prática espiritual do cotidiano.
Sidharta Gautama, o Buda Shakyamuni, nos forneceu orientações para todas as atividades. Seus ensinamentos baseado no Dharma, que é maior do que ele e propiciam uma vida de busca do equilíbrio, da abstinência ao mal e da realização das boas ações, que visam a harmonia, a felicidade e o bem-estar de todos os seres sencientes.
Muitos são os meios utilizados para ensinar o Dharma para as pessoas, sejam eles através de ações altruístas, caridade, sejam através da prática de artes marciais, aulas de meditação ou palestras, que são uma forma sutil de formação da Paidéia. Um pequeno exemplo disso é a prática do Nobre Silêncio em que a pessoa se protege dos quatro males da fala: Mentiras, cizânias, insultos e tagarelice.


O principal ensinamento do Buda foi: “Abstenha-se do mal e pratique o bem”. Mas uma coisa é correta de ser afirmado o Budismo não pretende se inserir na política, porém toda religião tem o dever de ser supra-política, ou seja, estar acima da política servindo de incentivo para os anseios da felicidade de todos através da visão da Lei de Causa e Efeito ou Causa e Condição. Dar ênfase na noção de conseqüência de nossos atos ações e palavras.

Um comentário:

  1. budismo não significa enercia e sim uma transformaçao interior ela nos ensina como tranpor o nossos limites.

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