“Sou formado em História, mas não quero dar aula” - palavras de um formado em História.
Contudo, este desconhecimento é uma idéia minimizadora sobre esta ciência e os profissionais relacionados à História.
A História como foi explicado no artigo “Para que serve a História e a quem ela serve?”1 foi explicado o que realmente é esta ciência, a sua serventia e a quem realmente ela atende. Neste artigo vamos apresentar quem são os profissionais que trabalham com a História.
Comecemos com o historiador, esta profissão tão desrespeitada e ignorada pelos brasileiros, cujo ofício se assemelha a de um detetive2, na investigação dos fenômenos históricos, na interpretação dos registros deixados pelos gigantes de antanho e no diálogo com eles e as fontes históricas na missão de encaminhar os homens ruma a civilização.
Temos ainda os genealogistas que pesquisam as raízes familiares, as ancestralidades e as histórias de família, símbolos heráldicos, relacionando-os com as virtudes e potencialidade de seu patriarca/matriarca, a fim de manter os homens conectados com suas heranças genéticas, com suas identidades familiares e sociais e honrar os ancestrais3.
Os arqueólogos são historiadores que pesquisam desde civilizações antigas até povos primitivos, como os povos nômades ágrafos e interpretam os Modus Vivendi no intuito de contar como aconteceu a historicidade e devir histórico naqueles períodos imemoriais. Realizando o mesmo diálogo dos historiadores como seu objeto de estudo.
Os paleontólogos estudam um período muito mais antigo, considerado como a “juventude do Planeta”, e investiga a vida antiga no mundo, mais precisamente as vidas animais e vegetais e a formação mineral do planeta relacionando com os processos de mudanças sofridos pelos seres e pela Natureza. Também foi considerada como ciência auxiliar e classificada como História Natural, em virtude de seu diálogo interdisciplinar com a Biologia e seus estudos de animais e plantas antigos - os fósseis.
Porém, estes não são os únicos profissionais que trabalham com a História, pois eles trabalham em outras áreas relacionadas a esta ciência, como a guarda, restauração e conservação e exposição.
Como guardas dos registros documentais primários temos os arquivistas, que com seu ofício de guarda, classificação, organização e acondicionamento de documentos colaboram com a memória e o trabalho de investigação histórica.
O museólogo é o profissional que trabalha com a guarda, catalogação, organização e exposição de acervos materiais históricos e artísticos, pois como foi explicado no artigo sobre os Museus4, estes são os templos e as moradas das Musas, que guardam a História e as artes dos homens de antigamente. Mais uma vez a memória tem um lugar garantido e o trabalho do historiador é fundamental para o Museu e o museólogo.
Entretanto, nos bastidores da História, mais precisamente no trabalho de restauração e conservação das fontes e acervos guardados ou expostos. São os tecnólogos de conservação e restauro em bens culturais, uma profissão que por descuidado, maldade e falta de carinho ficaram ignorados no seu ofício de restaurar e conservar os objetos materiais da História.
Caro leitor, não esquecemos do professor de história, porém faremos uma consideração crítica sobre esta profissão, pois se tornou desnecessário nos curriculum escolares, pois ao público oligofrênico, estupido, instintivo, ignóbil, anacrônico, animalesco e ignorante não se interessa em História. E os professores de História estão perdendo seus tempos e seus potenciais em discursos para uma plebe arrogante.
Desta forma a História como ciência no Brasil é desvalorizada, pois o povo brasileiro não fará sua reflexão histórica, já que não se vê como um agente histórico e estará eternamente preso a sua Roda de Samsara e anestesiado nos braços de Maya (ilusão).
1Ver artigo:http://www.gostodeler.com.br/materia/17451/para_que_serve_a_historia_e_a_quem_ela_serve.html
2BLOCH, Marc - Introdução a História – Editora Europa América – Pág. 128 e 129.
6CONFÚCIO - Os Analectos - L&PM Editora -2008 - São Paulo - S.P. - L.II - v. 23 - pág. 53.
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