Em um diálogo informal sobre o cenário musical no Brasil durante a década de 1970, a química Dulciléia de Souza Rangel nos desvela uma realidade sobre o contexto das músicas mais apreciadas, mais ouvidas e mais dançadas daquele período.
Ressaltamos neste presente artigo que a senhora Rangel, foi estudante universitária naquele período, mas não teve envolvimento com movimentos estudantis, ela foi uma entre muitos estudantes universitários que tomaram conta de suas vidas e se empenharam em estudar para ter um futuro brilhante na vida.
Apesar de ser solteira e não ter filhos, hoje ela é servidora pública municipal, mas já atuou na área industrial química farmaceutica na cidade do Rio de Janeiro.
A nossa entrevistada apresentou um vídeo referente a década abordada. De maneira expontânea a senhora Rangel inicou o dialogo:
Dulcileia Rangel: “Roberto. “Você sabe o que realmente vigorou no cenário musical na década de 1970? Foi o estrangeirismo. Ou seja, o gosto por músicas internacionais.”
Gosto de Ler/Roberto Bastos: “Como assim? Por favor nos explique melhor como ocorreu este fenômeno.”
D.R.: “A verdade é que vigorou muito mais o gôsto por músicas internacionais – anglofonas – em detrimento da música nacional. As pessoas curtiam mais um B.J.; Thomas, um Bee Gees, um Johnny Mathis, um Peter Frampton, ou até mesmo, um Eagles. Pois as músicas agradavam muito mais do que as nacionais, além de serem consideradas como de bom ‘tom’ e gosto refinado”.
G.L/R.B.: “Entendo. Pelo que você nos conta o gôsto por músicas de língua inglesa eram mais intensos nesta época...Isto é revelador!!!”
D.R.: “Muitos artistas, musicos, brasileiros para se lançarem no cenário da música tiveram que cantar em inglês e até adotou nomes ingleses para fazerem sucesso”.
G.L/R.B.: (Risos)“Sério?”
D.R.: “Um deles, Roberto, foi o Fábio Jr. que cantou a núsica Don’t Let Me Cry e adotou o nome de Mark Davis. Fora outros casos que ocorreram no Brasil. Christian da dupla Christian & Ralph”.
G.L/R.B.: “O Fábio Jr. eu já sabia, mas o teu relato traz a veracidade histórica necessária para narrar a verdade cultural da década de 1970 e manter a memória acesa”.
D.R.: “E essa é uma verdade que esta sendo esquecida e ocultada”.
G.L/R.B.: “Você sabe o motivo?”
D.R.: “Acho que é para super-valorizar a geração atual”.
Assim encerrou este diálogo que hoje é apresentado a vós, leitores, com a concessão da química Dulciléia de Souza Rangel, que vivenciou aquela época.
Portanto, os testenunhos em História são necessários para manter a memória e narrar o que aconteceu através dos discursos daqueles que presentciaram e atuaram em uma época dinâmica no Brasil.
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