terça-feira, 20 de novembro de 2012
Os servidores públicos e a Política.
Uma das diferenças dos professores para as demais categorias do serviço público é a sua politização, sendo este critério inexistente no servidor público administrativo, que se deixa levar pelas poucas vantagens, que não colaboram em nada para a valorização e qualidade de vida deste servidor, mergulhando-o na ilusão de vantagens e na inércia de suas funções.
Deixam-se levar também pelas operações mecânicas, uma maquinização da pessoa que o leva a irresponsabilidade e a realização de tarefas urgentes e circunstanciais, desperdiçando energia e tempo. E se digladiam por encargos minúsculos, como uma forma de esmolas pelo trabalho realizado, aliás, realizado de qualquer forma – forma tosca, mal feita – para atender a vaidade da chefia. Desta forma a valorização do servidor público a “esmolas” e sorrisos.
Na verdade os servidores públicos administrativos têm sido desvalorizados financeiramente e profissionalmente – não alcançam suas auto-realizações – são tratados, tanto pelo público, que é ingrato, ignorante, ignóbil, arrogante e oclocrático, como pelas chefias (coordenadores, secretários e ministros) e, até, entre eles mesmos como hilotas .
O servidor público administrativo não é um hilota, precisa saber seu valor, seu papel como agente sócio-político, pois é ele que faz a máquina estatal funcionar para o bem-estar de todos.
Desde o Segundo Reinado o servidor público teve um papel fundamental na restauração da figura do imperador e na conseqüente manutenção da ordem. Observando este momento na política nacional a força dos servidores públicos para restaurar a ordem e retornar ao processo civilizatório foi crucial para a realização desta mudança, pois o Período Regencial foi marcado por instabilidade política, que deixou aristocracia e servidores públicos horrorizados com as tragédias e caos reinante, em virtude da ausência da figura central e moderadora do imperador .
Segundo Confúcio, o servidor público era escolhido através de rigorosas provas, a fim de nutrir o Estado com pessoas capazes e honradas na direção, na operação e manutenção do governo .
O servidor público precisa retomar seu prestígio, sua honra e importância, assim como deve lutar para manter sua qualidade de trabalho, seu ofício, sua carreira como profissional para poder reivindicar o seu Plano de Carreira, Cargos e Salário, a remuneração financeira será conseqüência destas ações e precisa manter sua dignidade, razão e austeridade nas ações profissionais e no caráter. Mas a conquista da carreira deve ser realizada no mérito, no verdadeiro mérito – os critérios acima descritos.
Portanto o servidor público administrativo não deve se deixar levar pelas vantagens, nem fazer seus colegas de escada ou bajular os superiores, precisam trabalhar com empenho e honestidade, mostrar seu valor. Não deve ficar na zona de conforto, precisa se politizar – nem esquerda e nem direita – reconhecer-se como um agente mobilizador no governo, para não serem desmoralizados e nem substituídos por funcionários terceirizados.
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