quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A educação e os concursos públicos.

  Existe uma relação profunda entre a educação, a formação da Paidéia, a profissionalização e os serviços públicos. Porém, as pessoas não associaram estas ligações e com isso temos um fenômeno negativo na formação das pessoas, pois se perdeu a qualidade no ensino, em virtude do atendimento à demanda massificada e desqualificada da plebe, nivelando a linguagem e o conhecimento a oligofrenia exacerbada dos “novos bárbaros”. Segundo Confúcio, o Estado precisa ser administrado pelos melhores da sociedade, ou seja, aristocratas (homens virtuosos), sábios, homens honrados (cavalheiros) e homens capazes.

 Em suas propostas ele afirmava que a educação era o caminho para a formação da sociedade, pois devemos educar os atrasados (homens comuns, plebeus) e lapidar os cavalheiros, ou seja, educar as pessoas comuns, com os saberes que são próprios e se educarem com a postura dos sábios da sociedade, que precisam ter uma educação que fortifique suas virtudes e suas capacidades, a fim de conduzir os homens pelos caminhos da sociopolítica e da satisfação civilizatória . Contudo a educação no país não visa a formação da Paidéia e nem da formação profissional, voltada para o despertar das vocações de cada um. A nossa educação se tornou um depositário de plebeus, que almejam um diploma, sem aquisição de conhecimentos e de refinamentos civilizatórios. Com a aprovação automática e a ausência de caráter do alunado , que busca se aprovar através de meios imorais, como ameaça, bajulação, corrupção do sistema e suas desonestidades inomináveis buscam a aquisição de um diploma sem a devida qualificação científica e moral.

 Tal decadência educacional se reflete na sociedade, na ausência de profissionalismo e contratação de serviços temporários nos setores governamentais em virtude da incapacidade do povo na realização dos concursos e de suas manifestações de desonestidades e indisciplinas na aplicação das provas de concursos públicos. Sendo assim, os políticos oligofrênicos, oclocratas e desonestos , contratam serviços terceirizados em detrimento dos concursos públicos a fim de introduzir no serviço público conhecidos, protegidos e clientes, pois muitos deles não conseguiram aprovação nos concursos públicos devido aos fatores supracitados.

 Desta forma o fenômeno das terceirizações estão vinculados aos fatores da decadência educação, da incapacidade intelectual e indisciplina de nosso povo. Portanto, a desestruturação educacional acelera o processo de barbárie do povo, devido ao descaso do sistema e das pessoas perante o processo educacional, civilizatório e na formação profissional, pois hoje existe uma ausência de bons profissionais no mercado de trabalho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário