Um dos casos de falência que mais chocaram o país foi o fechamento da Universidade Gama Filho no ano de 2014, devido à má administração de recursos e do acumulo de dívidas, tendo seu imóvel abandonado e sido alvo de vandalismo.
Tal falência causou transtornos a funcionários e aos alunos. No caso dos funcionários, estes ficaram sem pagamento e tiveram de recorrer na justiça os seus pagamentos. Já os alunos, tanto graduando quanto graduados também precisaram recorrer na justiça pela liberação de seus documentos para, no casa dos estudantes, continuarem seus estudos em outra instituição superior de ensino, e os graduados para obterem seus diplomas.
O curioso é que, como eu disse no meu artigo anterior sobre “O Mito da Privatização na Educação”,[1] esta instituição poderia ter sido absorvida pelo Estado (seja pela esfera estadual ou federal), porém não ocorreu tal absorção. O que nos leva a questionar sobre o desinteresse do Estado pela estrutura deixado pela universidade.
O que nos faz pensar sobre os efeitos de uma má administração, o que ela pode realmente fazer com uma empresa. Mas, voltando as nossas atenções a não assimilação, ou não aproveitamento, por parte do Estado a falida instituição.
Houveram algumas iniciativas de algumas instituições, porém o Ministério da Educação não permitiu o aproveitamento da falida instituição e de sua estrutura física no bairro da Piedade. O máximo que eles fizeram foram descredenciar a Universidade Gama Filho. O que nos leva a pensar que a espera federal não possuía tanto interesse na Educação, principalmente sendo ela uma educação superior oriunda de uma iniciativa privada.
Tal fenômeno nos mostra, além dos perigos de uma má administração, que a iniciativa privada, dependendo do Estado da Federação, está sujeito a encontrar dificuldades e barreiras em seus empreendimentos, missões e manutenções. Embora, o presente autor não seja a favor da incorporação de escolas ou instituições de ensino pelo Estado.
Sendo assim, as instituições de ensino privado, em todos os níveis da educação (pré-escola, ensino primário, ensino médio e ensino superior) devem se acautelar para não falirem e não serem absorvidos pelo Estado ou virarem um símbolo de decadência.