quinta-feira, 27 de março de 2014

As Inteligências.

“Nossa!!! Beltraninho é tão inteligente!!!” - Mote popular de espanto sobre a capacidade de alguma pessoa.

 Um do maiores desafios para nós, educadores, é identificarmos sujeitos que se destacam em alguma área, tarefa ou aptidão. Lembrando que nós educadores, também, temos de diagnosticar dificuldades de aprendizagem e traumas, muitas vezes em detrimento das capacidades.
Estas capacidades ou agudezas mentais as chamamos de inteligência.
Segundo os pensadores contemporâneos, Wolf e Jules Payot, a verdadeira inteligência (intelegere) é o discernimento ou visão correta sobre os fatos, fenômenos e coisas, sem desvios de interpretações, ou seja, dizer aquilo o que verdadeiramente é, sem interferência da mente especulativa.

Embora a psicopedagogia admita a existência de outras inteligências, em detrimento da verdadeira inteligência, essas são utilizadas no diagnóstico comportamental, segundo o psicologo Robert Sternberg, em sua Teoria Triárquica da Inteligência, podemos classificá-las em três e que não se anulam, embora classifiquem a manifestação das inteligências nos comportamentos em grupos distintos.
  • Inteligência Analítica – em que se apresenta o brilhantismo acadêmico, a erudição, a análise de Teoria e ideias. Com isso um aprendizado rápido.
  • Inteligência Criativa – não apresenta o brilhantismo acadêmico, mas grande imaginação, habilidade de ideia e criatividade de produção e reprodução de suas ideias. Apresenta uma independência de ideias e falta de seriedade, muitas vezes se torna indisciplinado, sendo considerado como o “palhaço da turma”.
  • Inteligência prática – ao qual se mostra a facilidade de adaptar-se ao ambiente, através de uma levantamento do que é necessário para o desenvolvimento de suas tarefas e manutenção de suas relações, a fim de atingir seus objetivos. Além de apresentar um Senso Comum, como bússola norteadora.
Inteligência AnalíticaInteligência Criativa
Estas são inteligências que os educadores classificam, ou deveriam classificar, a fim de utilizar como apoio de seu trabalho. Através de uma análise minuciosa, podemos afirmar que a primeira, Inteligência Analítica, é um intelectualismo árido e enciclopédico, que não se compromete com a prática do que foi aprendido; a segunda, Inteligência Criativa, é uma agudeza mental, pois não sabe discernir e viver de acordo com o que aprendeu, ou seja, não vive uma Vida Interior; a terceira é uma malandragem amoral, que busca satisfazer suas necessidades básicas sem se importar com o Karma e agir de forma superficial, ou seja, vive uma Vida Externalizada, de aparências.
Contudo, estas Inteligências Triárquicas ainda não são a verdadeira inteligência, que discerne, relaciona e seleciona valores que nos determinam a viver o nosso lado mais transcendente.
Viveka 
Os sábios orientais chamavam esta Inteligência em sânscrito de Viveka. Uma Inteligência ligada à Intuição, a fim de alcançar a plenitude vazia (Sunyata) e completamente desligada da agudeza mental, do intelectualismo árido e da malandragem amoral pra escapar das redes de Maya (ilusão).
Maya 

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