O Mazdeísmo ou Ahura Mazda era uma primitiva religião persa que fora reforma por Zaratustra, ou como chamava os gregos de Zoroastro, ao qual acredita-se que teria vivido entre os Sécs. VIII a.C. e VI a.C. Este sistema religioso influenciou a espiritualidade ocidental através de suas influências no Judaísmo tardio e no nascente Cristianismo (escatologia, angelologia e satanismo), em virtude do dualismo presente em seus conceito espiritual.[1]
Contudo o Mazdeísmo fora também influenciado pelo Helenismo e, em época posterior, pelo Cristianismo. Seu conceito fundamental de dualidade é perpetua e se divide em entre o Bem e o Mal, que no caso o Bem é representado pelo Deus que era Aúra-Mazda e o Mal e a ignorância pelo espírito de Arimã.[2] Diferente do Taoísmo no conceito de Yin-Yang em que representa a dualidade de espírito e matéria ou movimento e inércia em que se complementa estas duas forças, o Mazdeísmo existe uma tensão em que a humanidade é exposta em sua responsabilidade na luta e vitória de um dos lados.[3]
Porém, a expectativa dentro deste embate ser menos rigorosa do que nas religiões mosaicas, o que torna esta religião ser menos intransigente e mais contemplativa. Tem como características purificação e devoção ao fogo, que impede a cremação de defuntos e cadáveres, tal decisão levou a criação das chamadas “Torres do Silêncio”, onde os mortos ficam expostos para que as aves de rapina possam devorar os finados.[4]
Outros rituais dos mazdeistas eram as orações, estas não haviam obrigatoriedade de quantidade de orações e horários ao longo do dia, pois os seguidores determinam quando e aonde orar para a glória Aúra-Mazda, mas as orações são feitas perante chama de fogo. As crianças entre sete e quinze anos de idade passam pelo Navjote, que é uma iniciação obrigatória para os infantes destas referidas idades, elas recebem uma veste branca (sudreh) e um cinturão de lã (kusti) para amarrar na cintura.[5]
Assim como existem outras festividades como:
· o Fasli (usado pelos Zoroastrianos iranianos e alguns Parses);
· o Shahanshahi (usado pela maioria dos Parses); e
· o Qadimi (este último, o menos utilizado de todos).
O que significa que as festas religiosas podem ser celebradas em diferentes dias; nestes calendários, cada mês e cada dia do mês recebe o nome de um Amesa Espenta ou de um Yazata. Os zoroastrianos celebram seis festivais ao longo do ano - os Gaambares - cujas origens se encontram nas diferentes atividades agrícolas dos antigos povos do planalto do Irã e nas estações do ano.
Tais conceitos foram refinados ou reformulados pelo pela figura do profeta Zaratuatra, conhecido como Zoroastro pelos gregos, foi um profeta ariano que reformou a religião dos persas, contudo ele pode ter sido contemporâneo do Buda Shakyamuni e de Platão, o que pode tornar a religião dos persas a segunda mais antiga, mais ainda assim de origem ariana, porem sua difusão foi para o oeste.[8]
Assim podemos concluir que o Mazdeísmo foi uma religião que influenciou as demais religiões monoteístas em em virtude de promover um adoração a um Deus único e da dualidade do Bem e do Mal, Luz e Trevas, Sabedoria e Ignorância.
[1] Enciclopédia Novo Século – Editora Visor – Vol. 8 – pág. 1454.
[2] Idem.
[3] Idem.
[4] Idem.
[5] Wikipédia – Zoroastrismo – acessado em 12/03/2021 às 22hs20min.
[6] Wikipédia – Idem.
[7] BESSANT, Anne – Sete Grandes Religiões – Editora Teosófica – Pág. 33.
[8] Bessante, Anne – Op. Cit. – pags.25 e 27. E Enciclopédia Novo Século – Editora Visor – Vol. 12 – pág. 2296.
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