domingo, 7 de julho de 2013
Orientalismo: “Reis-deuses”?
Reis-deuses? Este artigo explica as funções dos monarcas orientais no processo civilizatório e o equivoco dos ocidentais em suas analises e discursos.
Um dos maiores equívocos do movimento conservador ocidental sobre os monarcas das Antiguidades Orientais é a afirmação que eles se diziam “reis-deuses” e os povos do ocidente, com suas representações de “racionalismo”, “democracia” e “materialismo” eram mais avançados que os orientais.
Se havia um atributo que os monarcas orientais não reivindicavam para si mesmos era o de divindade-vivas entre os homens. Entretanto, todos os reis, faraós, príncipes-sacerdotes (potesi) e imperadores eram iniciados em ordens de mistérios, ou seja, eram discípulos aceitos em confrarias herméticas que transmitiam ensinamentos aplicáveis a fim de guiar os homens através do processo civilizatório para imergi-los na grandeza do Cosmos e das Leis Naturais e garantir a ascensão espiritual dos povos.
Confúcio, Platão, Ptah-Hotep inspiravam os monarcas e nobres de sua época, e nas eras posteriores, nas suas missões sagradas em governar os homens através de exemplos, virtudes, retidão, manutenção do livre-arbítrio, sabedoria, e orientação para a felicidade.
Para estes sábios de antanho a felicidade dos povos e das graças dos exemplos de seus líderes e do Caminho exposto e defendido por eles, além de garantir a manutenção e o acesso à satisfação das necessidades básicas, com o intuito de incentivá-los, em algum grau, a trilhar os caminhos da sabedoria, da vocação, da auto-realização e da ascensão espiritual a fim de formar uma civilização, ou seja, cumprir a sacra-missão inspirada pelas divindades através das ações retas destes reis-iniciados ou discípulos aceitos.
Portanto, torna-se sem cabimento a crítica realizada pelo movimento conservador ou, até mesmo, pelo movimento retórico dos marxistas, com relação a estas sociedades, em virtude desses não conseguirem explicar ou analisar a metafísica da política realiza pelos monarcas dos Impérios Orientais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário