quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

A Crise editorial e a falta de leitura do brasileiro.

 

Carlos Comte, membro da Sociedade Teosófica, contou em primeira mão para o Canal Conhecimentos da Humanidade a revelação que sua obra sobre Pitágoras não seria mais publicado devido a Crise Editorial que ocorre no Brasil.

Porém, mais do que uma crise editorial em que muitos bons livros estão deixando de ser republicados, podemos observar um massivo desinteresse do público brasileiro em comprar livros e lê-los. O que mostra uma ditadura da inteligência prática[1] e do amor a imbecilidade e a mediocridade de uma população, que está comprometida com sexo e destruição.

Está acontecendo como foi previsto na obra de Ray Bradbury – Fahrenheit 451 – em que nesta distopia os livros são queimados por serem considerados como agentes da infelicidade. Nós sabemos que livros libertam e engrandecem as nossas culturas.

Tal fenômeno negativo se reflete no comportamento, na linguagem precária, na ausência de raciocínio lógico e da falta de discernimento de nossa plebe está imersa em tolices, futilidades, desentendimento e oclocracia.

Portanto, eis o quadro de nossa deprimente sociedade. Sempre vítimas de suas próprias oligofrênias e ignorâncias. Serão necessárias cinco gerações para isto se modificar e é por isso que eu escrevo a série “Futuro Sabotado”.


Notas e referências bibliográficas:

[1] BASTOS, Roberto – Direto aos Assuntos: Idéias soltas e marcantes. – Editora Autografia – Rio de Janeiro – R.J. – Pág. 53. – A Inteligência Prática é uma inteligência que tem compromisso com as necessidades básicas. O que a plebe impõem aos demais de forma ditatorial.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

A Comunidade dos Essênios e os escritos do Mar Morto.

 

Antes de abordarmos sobre o Cristo e a vida do Mestre Jesus, devemos debruçar nossos olhares sobre a comunidade monástica dos Essênios e os escritos deixados por eles nas cavernas próximas ao Mar Morto, aonde eles se situavam.

Os Essênios foram uma comunidade judaica e monástica que haviam se retirado devido a idéia de que o Templo de Jerusalém havia se corrompido, indo formar uma comunidade perto do Mar Morto, próximo a Qumran.[1]

Segundo o registro dos Rosacruzes os Essênios foram um ramo judaico da iluminada fraternidade da Grande Loja Branca, ao qual esta teve sua gênese no Egito, durante o período antecederam ao Faraó monoteísta Akhenaton.  Diversas escolas místicas do Egito, que se uniram na constituição da Grande Fraternidade Branca, tomaram diferentes nomes em diferentes partes do mundo, segundo com o idioma de cada nação e de cada peculiaridade do pensamento religioso destas nações. [2]

A origem da palavra Essênios veio do egípcio Kashai, cujo significado é “secreto”. Contudo existia uma palavra correlata chsahi que fora, de forma natural, para o hebraico como essaios ou Essênios com o significado de “secreto” ou “místico”. Embora exista um outro significado como “médicos”.[3]

O ramo da Palestina teve de enfrentar o despotismo dos governantes do país e o ciúme dos sacerdotes, tais condições somadas a convicção de corrupção do Templo de Jerusalém a se retirarem, manterem-se em silêncio e em solidão maiores do que costumavam guardar. Um dos critérios para serem pertencentes a esta ordem era serem de descendência ariana de sangue puro.[4] Eles se destacavam em suas atividades a leitura da escrituras, mas não como uma leitura do passado, mas como referencias para o presente. Desta forma, eles se consideravam como receptores de uma verdadeira interpretação.[5]

Durante sua retirada de Jerusalém eles foram conduzidos, liderados, por uma figura conhecida como o Senhor da Justiça, ao qual fazia orientações durante o processo de leitura das escrituras.[6] Contudo, eles também estudavam os textos do Avesta[7] e aderiam aos princípios neles contidos.[8]

Eram chamados, pelos gregos, de Therapeuti, pois se ocupavam da medicina herbal, Previam o futuro, assim como freqüentavam de forma assídua as escrituras os escritos antigos e tratavam de não comunicar nada a respeito de seus livros, tornando-os um segredo hermético. Acreditavam na imortalidade, em virtude da influência da Grande Fraternidade Branca, mas também acreditavam no valor de uma morte gloriosa, que será recompensada na pós-vida.[9]

Antes de uma pessoa, que possuíam os requisitos citados anteriormente, tinha de ser preparado durante a infância, por determinados instrutores e professores. Tais crianças cresciam com um corpo sadio e deveriam ter a capacidade de exercer certos poderes mentais em condições de teste. Alguns decidiam ser médicos outros artesãos, professores, missionários, tradutores, escribas e assim por diante. Após a iniciação passavam a usar a veste branca composta de uma única peça de pano e só usavam sandálias quando o clima ou as circunstâncias eram propícios.[10]

Segundo os registros quando foi o momento de se transferirem para perto do Mar Morto o maior problema foi o transporte secreto dos manuscritos e dos registros.[11] Para a nossa felicidade estes monges conseguiam preservar seus manuscritos.

No verão de 1947, um jovem árabe que pastoreava seu rebanho de cabras encontrou uma entrada de caverna enquanto procurava uma cabra de seu rebanho. Até aqui o fato se torna único, pois a história se divide em duas versões uma que o pastor teria jogado uma pedra para dentro de uma gruta e teria ouvido um som oco e teria se assustado e correu para contar para alguém e este levou uma escada e encontrou diversos pote de argila com o conteúdo recheado de largas tiras de couro cobertas de caracteres estranhos.[12] A outra versão afirma que o pastor foi curioso e adentrou na caverna e se viu diante de uma série de ânforas de barro seladas e com a esperança de ter encontrado tesouro e as abriu, porém encontrou o mesmo conteúdo supra-citado.[13] Os fatos são que os manuscritos foram achados em 1947, aparentemente no verão, por um pastor.

O arqueólogo William F. Allbright viu, em 1948, estes manuscritos afirmou que se tratava da mais importante descoberta do Séc. XX e não duvidou de sua autenticidade. No exame destes documentos emergiu uma verdade, a de que os ensinamentos dos Essênios se assemelhavam a de Jesus. O que poderia ser considerado que os Essênios foram os precursores do cristianismo primitivo, em virtude da identidade de temas teológicos e de instituições religiosas.[14]

Tais semelhanças que são apresentadas, devido ao achado dos Manuscritos de Qumram, nos levam a questionamentos sobre essa relação. É mais provável que o Mestre Jesus e seu primo, João, o Batista, tiveram contatos ou convivências com esta comunidade de monges eremíticos.[15]

Notas e referências bibliográficas:


[1] MIMOUNI, Simon C. – As Correntes do Judaísmo – in História Viva: Grandes Temas nº 1 – Ed. Dueto. São Paulo – S. P. – pàg. 56.

[2] LEWIS, H. Spencer (F.RC. Ph. D.) -  A Vida Mística de Jesus – Ordem Rosacruz – AMORC (Grande Loja do Brasil) – Curitiba – P.R. – pgs. 22 e 23.

[3] LEWIS, H. Spencer (F.RC. Ph. D.) -  Op. Cit. – pág. 23.

[4] LEWIS, H. Spencer (F.RC. Ph. D.) -  Op. Cit. – pág. 25.

[5] MIMOUNI, Simon C. – Op. Cit. – pàg. 56.

[6] MIMOUNI, Simon C. – Op. Cit. – pàg. 56.

[7] N.A. (Nota do Autor) – O Avesta é o livro sagrado dos zoroatristas. Dessa forma podemos observar uma forte influência desta religião persa no pensamento judaico.

[8] LEWIS, H. Spencer (F.RC. Ph. D.) -  Op. Cit. – pág. 25.

[9] MIMOUNI, Simon C. – Op. Cit. – pàg. 56.

[10] LEWIS, H. Spencer (F.RC. Ph. D.) -  Op. Cit. – pág. 26.

[11] LEWIS, H. Spencer (F.RC. Ph. D.) -  Op. Cit. – pág. 25.

[12] ROHDEN, Humberto – O Cristo Cósmico e os Essênios. – Editora Martin Claret – São Paulo – S.P. – 2011 – pág. 25.

[13] KERSTEN, Holger – Jesus Viveu na Índia: A desconhecida história de Cristo antes e depois da Crucificação – Editora Best Seller – São Paulo – S.P. – 2000 – pág. 110.

[14] KERSTEN, Holger – Op. Cit. – pág. 111.

[15] ROHDEN, Humberto – Op. Cit. – pág. 29.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Futuro sabotado – parte 2.

Assistindo um vídeo do jornalista Augusto Nunes ele nos fala uma realidade sobre esta pandemia e sobre as vacinações, passaportes sanitários e máscaras. Ele nos diz em sua frase final de que é hora de aprendermos a conviver com vírus, como foi com a Gripe Espanhola.

No primeiro filme da franquia Jurrasic Park, o personagem DR. Malcon afirma que a vida encontra um jeito de continuar, não importando os percalços que ela encontre. Da mesma forma as nossas vidas irão continuar, principalmente a vida humana.

O que acontece na verdade é uma tentativa de coerção das nossas vidas e de nossas escolhas, mas a vida deve continuar, assim como o bem irá continuar, mesmo com tantas sanções. Somos fortes, adaptáveis e caminhamos para a evolução da espécie humana juntamente com a evolução do Planeta.

É tudo o que eu tenho a dizer caros leitores.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Em defesa do Espiritismo.

Uma das maiores injustiças cometidas contra um dos ramos da cristandade é afirmar que o Espiritismo não é cristianismo, quando, na verdade, toda a base nos evangelhos como fundamentos religiosos do Mestre Jesus a fim de guiar os passos destes cristãos, que seguem um entendimento científico-filosófico-religioso.

Os espíritas não evocam espíritos, pois estes se comunicam do outro mundo para conosco, ou seja, de lá para cá, sendo assim não é uma necromância. Os espíritos que se manifestam através das psicografias são espíritos mais elevados seguidores do evangelho e da figura de Jesus, o Cristo, pois para eles este Mestre é o mais elevado dos espíritos e que nos induz a evolução espiritual a fim de alcançar a mesma estatura e tamanho dele ou para progredir para uma encanação mais elevada e sublime.

Mas um fato que é importante e que devemos nos concentrar é que apesar de nossos irmãos espíritas acreditarem em espíritos e na reencarnação eles, de fato, se baseiam toda sua fé em Jesus e nos seus ensinamentos, os Evangelhos, como um dos pontos principais em seu corpo de doutrina e focalizam-se no amor ao próximo e na Virtude Teologal da Caridade, como guia para a salvação da alma, que seria uma evolução espiritual, como já foi dito.

Portanto, os espíritas são cristãos também e negá-los é um preconceito, pois eles são os verdadeiros evangélicos, por se basearem nos Evangelhos e praticarem a caridade.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

A importância do estudo da Bíblia.

 

Os estudos sobre a Bíblia estão relacionados com a busca da sabedoria dos ensinamentos de profetas, do Mestre Jesus e de seus discípulos. Tais estudos nos remetam a idéia de uma importância de ler e estudar este Livro Sagrado, que norteia o pensamento dos cristãos. Contudo a Bíblia Sagrada é um livro de sabedoria esotérica, rica em simbolismos e arquétipos, que podem rechear a vida do estudante da Bíblia de ensinamentos secretos.

A Bíblia Sagrada se originou de uma natureza de oralidade que passou para uma tradição registrada em manuscritos de pergaminhos, alguns proponentes da Bíblia afirmam que esta se originou de uma revelação que testifica as noções populares de que a linguagem humana é inadequada para falar sobre Deus. Entretanto o Padre Geoffrey Hodson atesta que os registros da Bíblia são revelações de ensinos ocultos e de símbolos de uma sabedoria esotérica, que os iniciados nestes mistérios adentram a fim de obter as lições emitidas neste conjunto de livros que compõe a Bíblia Sagrada.

Alguns argumentam que a Bíblia fala numa linguagem que produz vívidas imagens na mente do leitor. Contudo, esta é somente uma descrição da reação de alguns leitores; outros podem não responder do mesmo modo às mesmas passagens, embora eles possam captar a mesma informação delas. Assim, isso não conta contra o uso de palavras como a melhor forma de comunicação teológica. Desta forma podemos notar que alguns leitores têm uma compreensão literal da Bíblia, não absorvendo o seu conteúdo oculto e hermético de seus ensinamentos.

A introdução aos estudos da Bíblia nos serve para nos conduzir, tanto o estudante iniciante como qualquer outra pessoa de inteligência analítica, que deseje se aprofundar em alguns dos fundamentos deste campo espiritual. Porém, longe de ser um estudo exaustivo, este estudo segue um caminho selecionado para assegurar aos alunos um bom começo. Os estudos bíblicos tentam fornecer uma visão pormenorizada e cronológica de o que é a Bíblia, assim como o que ela trata, áreas da história e do conhecimento hermético da sabedoria. Porém, a iniciação aos estudos oferece uma orientação mais branda a fim de conduzir uma disciplina inicial das escrituras cristãs. Tal estudo é uma obra progressiva que hoje se mostra uma tarefa para a vida toda em virtude de ser uma pesquisa constante a fim de revelar a sabedoria que se encontra escondida em suas páginas e uma inserção a prática de tamanha sabedoria.

O conteúdo da Escritura consiste de todo o Antigo e Novo Testamento, sessenta e seis documentos no total, funcionando como um todo orgânico. Contudo, existem documentos que foram retirados da Bíblia devido ao Concílio de Nicéia que excluiu no intuito de organizar, mas também de excluir os ensinamentos de caráter mais esotéricos e de uma tentativa de construir uma igreja mais voltada à construção de um Jesus mais mítico e histórico e de ensinamentos de mais fácil entendimento e exotéricos, levando a um entendimento literal dos Escritos, atendendo, desta forma a um público de inteligência rasa.

Mas para o estudante da Bíblia, que a toma a sério, observa através de um estudo comparado e de uma meditação profunda, cuja intenção é se desvencilhar dos véus da superficialidade e se aprofundar nos ensinamentos mais profundos do Mestre Jesus, o Cristo, a fim de alcançar o estado crístico em todos os seres humanos, como nos afirma São Paulo:

“até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da estatura da plenitude de Cristo.”

(Efésios 4:13 – Bíblia King James)

Desta forma os ensinamentos de Jesus nos instiga a alcançarmos o mesmo estado de espírito elevado que o dele. Lembrando que Jesus veio ao mundo com uma carga dobrada de espírito, pois ele foi o receptáculo do Cristo, que é a Consciência Cósmica do Deus-Filho. Muitos de seus ensinamentos, desde os mais esotéricos aos mais exotéricos, são de inspiração moral, a fim de levar os seres humanos ao caminho da retidão, que por sua vez nos levará a iluminação, ou seja, abandonar o apego ao mundo material, que nos oprime.

Entretanto, o estudo bíblico deve ser acompanhado de prática dos ensinos de Jesus, o Cristo, e de uma vida de retidão moral para não cair em uma retórica vazia e de um intelectualismo barato. Pois, segundo Raul Branco o que diferencia o cristão do budista é a ausência de uma prática, pois o cristão é um fiel, diferente do budista que se compromete com a prática dos ensinamentos. Sendo assim, o cristão tem uma prática mais passiva do que o budista.

Conforme foi dito pelo Padre Geoffrey Hodson cada parábola e versículo da Bíblia Sagrada nos remete a conhecimentos mais ocultos em suas linguagens e tais ensinos nos remetem a uma prática moral e uma busca por uma ascensão de união com Deus através do despertar do Cristo em cada um dos corações humanos.

Portanto, o estudo da Bíblia deve ser minucioso, porém não de forma literal, a fim de lermos os ensinamentos simbólicos contidos nesta coletânea de livros que formam a Bíblia Sagrada e nos engajarmos em tais ensinamentos para alcançarmos a Glória da união com Deus e da libertação da Roda de Samsara.

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Sobre o Minimalismo e sua relação com a liberdade.

 

Gustavo Cerbasi em sua obra “A Riqueza da Vida Simples” nos expõe a idéia e a prática do minimalismo, que é ter o mínimo de coisas e reduzir o consumo. O minimalismo não um estilo de vida abordado pelos hippies, isso é um clichê, ele é abordado por pessoas mais econômicas que direcionam suas finanças a outros investimentos, mas evitando o desperdício e consumismo desmesurado.

Não só Gustavo Cerbasi como o youtuber Rafael Scapella que aborda sobre o minimalismo, que é um movimento crescente da sociedade, oriundo da consciência contra o consumismo desenfreado e contra-produtivo na qualidade de vida. Dessa forma, em poucas palavras, trata-se de racionar os excessos do consumo e de compras supérfluas para adotar o consumo de bens e serviços mais essenciais.



Tal atitude minimalista envolve abolir os gastos com inutilidades e ostentações para se concentrar naquilo o que é realmente importante, como já foi dito, mas que eu gostaria de acrescentar em investimentos financeiros. Para tanto se faz necessário um planejamento e um exercício de desapego. Que nos leva a nos fazer as três perguntas antes de consumirmos ou comprarmos algo: Quero? Posso? Preciso?

O minimalismo não é uma tendência anti-capitalista, muito pelo contrário, ele é a favor do Capitalismo de Livre Mercado, no qual se realiza a troca de bens e serviços, com qualidade. Ao contrário do Capitalismo Clientelista, em que ocorrem as relações desmoralizadas entre políticos e empresários corruptos levam famílias e indivíduos a se endividarem por causa do consumismo e da influência de uma cultura de ostentação. Dentro do minimalismo as empresas acabam se reinventando a fim de sobreviverem com novos produtos e serviços necessários a vida das pessoas.




Sendo assim as pessoas que adotam o minimalismo tem a liberdade de escolha, que defina de forma efetiva a riqueza de um indivíduo ou de uma família. E com isso não tem maiores angústias. Como dizia o Buddha Shakyamuni:

“Nutram poucos desejos, sejam receptivos e serão contentes em corpo e mente”.[1]


Referências bibliográficas 

[1] Hsing Yun – Budismo Puro e Simples: Sutra das Oito Percepções dos Grandes Seres – Editora Cultura – Cotia – S.P. – pág. 7.

sábado, 20 de novembro de 2021

Orgulho mestiço.

 

Sempre que ocorrem as comemorações do Dia 20 de novembro, em homenagem à Zumbi dos Palmares, desviamos nossa atenção para a verdadeira luta pela igualdade racial, pois o Brasil sendo um país plural composto por várias raças e lapidado com a miscigenação, visto que todos os brasileiros possuem em sua composição uma mescla das três raças que constituíram o Brasil.

Mesmo os diversos estrangeiros que no passado próximo e no presente compõe este caldeirão genético que é o Brasil, pois neste país sul-americano vigora o Jus Solis (Direito de Solo), que os descendentes dos estrangeiros, como é o caso dos asiáticos, os extremo-orientais, que fazem o uso deste direito (diga-se de passagem um bom uso, no bom sentido). Estas pessoas de origem asiática passaram a compor parte da sociedade de forma digna e colaborativa. Tais indivíduos e famílias se mesclam com a sociedade no intuito de fazer parte dela e progredir como membros desta sociedade.

O que ocorre hoje é uma guerra cultural e de narrativas dialéticas tentando impor a culpabilização de uma sociedade, que historicamente fora redimida por um ato imperial que abolia a escravidão no Brasil e que posteriormente faria uma reforma agrária e daria uma indenização aos ex-escravos, porém os ressentidos com a abolição promoveram um Golpe de Estado que impôs uma república e abandonou os ex-escravos e os projetos de compensação deles.

Sendo que esta guerra cultural visa a tornar o Brasil em uma nação bicolor, quando na verdade este país é um caldeirão de raças e misturas, que formam a nação brasileira em uma nação mestiça. É só coletar uma gota de sangue de cada brasileiro para aferirmos a genética mestiça em que todas as raças, pelo menos as raças matrizes do Brasil, estão em nossas genéticas e que formam a nossa identidade.

O maior preconceito que se tem no Brasil, é o preconceito socioeconômico e laboral, que é outra mazela que precisamos combater, pois todas as profissões são dignas de respeito por complementarem os quadros profissionais que auxiliam no funcionamento e na manutenção da sociedade.


segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Pela restauração monárquica no Brasil.

 

A República no Brasil se deu através de um golpe de Estado, no qual arremessou o nosso país a um nível de republiqueta igual aos demais países da América do Sul e ao estado de país de terceiro mundo.

Quando ocorreu o plebiscito de 1993 para escolher o regime e a forma de governo, os brasileiros perderam a oportunidade de mudar um regime e uma forma de governo, que se provou ineficaz durante 104 anos desde sua imposição no Brasil.

Durante o período Imperial o Brasil viveu, durante o reinado de D. Pedro I, a unidade, o processo de formação do Estado e de uma Constituição Liberal e mais longeva. E durante o reinado de D. Pedro II o Brasil ocorreram a estabilidade institucional, um autêntico progresso nas áreas da cultura, indústria e economia, prestígio internacional, a formação de uma identidade nacional, liberdade de expressão e a abolição da escravatura. Gostaria de lembrar que o Séc. XIX, nas Américas, ocorreram as lutas pelas abolições das escravaturas.

Ao contrário do que historiadores comprometidos com as narrativas esquerdistas o Brasil não foi o último país a abolir a escravatura, pois os últimos dois países a acabar com a escravidão foram a Arábia Saudita e a Mauritânia, em 1962 e 1997, respectivamente. Claro que os detratores deste blog alegaram que a escravidão, nestes países eram culturais. Contudo, os fatos se mostram palpáveis na História da Humanidade e os países americanos aboliram a chaga da escravidão no Novo Mundo.

Retornando nossas atenções aos problemas relacionados a república. A república criou mais problemas, pois foi imposta por oligarquias ressentidas pela a abolição da escravatura, jogando os povos do Brasil nas desigualdades e nas descontinuidades de projetos, gerando mais crises, pois os presidentes da república são de natureza improvisada. Se fossem atacadas as causas das crises a sociedade reagiria por si própria no enfrentamento de questões que não necessitariam do Estado e do Governo. Um dos maiores benefícios de uma Monarquia Parlamentar pode proporcionar, de forma precisa, a geração de condições para a sanidade da sociedade brasileira e a moralização da vida pública, sendo estes fatos ocorridos durante o período imperial.

Portanto, se faz necessário aclamarmos pelo retorno de uma Monarquia Parlamentar, como foi durante o Segundo Reinado no Brasil, a fim de retomarmos nossos rumos ao progresso, a auto-realização, as liberdades, ao processo civilizatório e a reencontrar nossa liberdade.

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

A importância da Guarda Real.

 

Quando vemos pelas nossas televisões a cerimônia de Troca de Guarda da Rainha da Inglaterra ficamos admirados com toda a pompa, disciplina e vigilância desta guarda. Porém todas as monarquias do mundo possuem suas guardas reais, que são uma tropa de elite que se destaca na guarda, proteção e honra de uma Família Real, assim como seus castelos e palácios.

O Brasil já teve sua Guarda Imperial que se destacava na proteção do Imperador, mas com a ascensão de D. Pedro II esta guarda foi desativa por achar que era um desperdício de dinheiro público. Tal fato acabou por desproteger a Família Imperial contra o Golpe de Estado que o depuseram.

A definição de uma guarda real é de uma brigada de elite que lhes cabe proteção de um Chefe de Estado, da Família deste e de seus palácios. Com toda a certeza a guarda real não é um desperdício de dinheiro público, visto que os maiores gastos, no Brasil, são com o judiciário, com o legislativo, com o executivo e com os ex-presidentes da república.

Assim que a Monarquia voltar a guarda real poderia ser reativada com a finalidade de retornar a pompa, a disciplina, a vigilância e de gerar valores sociais e psicológicos na moral dos brasileiros.

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Em defesa do Poder Moderador.

 

Dentro da nossa política nacional se faz necessário ter um Quarto Poder para regular os demais poderes e equilibrar o jogo político em favor do bem-estar dos povos do Brasil. Este poder seria o Poder Moderador, que nunca deveria ter saído da política nacional, visto hoje sofremos com um desequilíbrio nos três poderes.

Este Poder visava a harmonia entre os três poderes, em virtude de ser um poder neutro, supra-político, que vigorou de forma longeva no Brasil durante o Império do Brasil.[1] Sua Característica não era ter por fim, nem tem nas suas atribuições meios para constituir nada novo. O Poder Moderador não é poder ativo. Apenas tem por fim conservar, moderar a nação, restabelecer o equilíbrio e manter a independência e harmonia dos demais poderes, o que não poderia fazer se estivesse semelhança, fundido e na dependência de um dos demais poderes.[2]

Poder Moderador era exercido pelo monarca, que no caso do Brasil era o Imperador. A origem deste Quarto Poder foi oriundo do pensamento de dois estadistas franceses, Benjamin Constant e Clermont Tornnerre, cujas idéias passaram a circular na França e na Europa devido a Restauração da Casa de Bourbon como monarcas, após a derrocada do Império Napoleônico e o fim da Revolução Francesa.[3] Um dos responsáveis diretos pela inserção do Poder Moderador na Constituição Imperial do Brasil foi o estadista e Patriarca da Independência do Brasil, José Bonifácio de Andrada e Silva. Contudo, foi D. Pedro I que colocou mais poderes para o Poder Moderador a fim de não se tornar uma figura simbólica, flutuante e sem importância na Constituição.

Dentro do Poder Moderador, em seus exercícios, seu titular tem como requisição o apartidarismo, não devendo ser colocado dentro e com os partidos políticos e que, portanto, não deva seu poder a conchavos políticos e eleitoreiros. Essas condições apresentadas são indispensáveis para seu bom funcionamento.[4]

Portanto, o Poder Moderador se faz necessário na política nacional em virtude de seu caráter harmonizador e de estabelecimento do equilíbrio político em que se pesa a não interferência entre os demais poderes e da manutenção das liberdades. E este poder se faz muito presente em um Regime Monárquico, em que deve ser restaurado no Brasil, a fim de orientar os brasileiros nos caminhos da prosperidade, da auto-realização e de valores mais sublimes.

Notas e referência bibliográficas:

[1] SANTOS, Armando Alexandre dos – Parlamentarismo, Sim! Masàz brasileira e com Poder Moderador eficaz e paternal. – Artpress – 1992 – São Paulo – S.P. – Pág. 62.

[2] URUGUAI, Visconde do, 1807-1866. CARVALHO, José Murilo. (org./ intro.). Visconde do Uruguai: Ensaio sobre o Direito Administrativo. São Paulo - 2002. p. 353.

[3] N.A (Nota do Autor) – Devemos entender que Napoleão Bonaparte ampliou a Revolução Francesa, levando-a para outros países através de guerras e de anexação de territórios.

[4] SANTOS, Armando Alexandre dos – Op. Cit. – Pág. 62.