Meninos e meninas são diferentes, têm necessidades diferentes e formas de educação diferentes. Mas ambos têm acesso à educação formal e básica.
O exemplo da jovem paquistanesa Malala Yousafsai na luta pelo acesso feminino à educação acentuou a condição deste gênero com relação a exclusão das jovens orientais no processo de formação básica.
Devido ao atentado sofrido, Malala se tornou símbolo da luta feminina oriental pelo acesso à educação. A jovem foi alvejada pelo Talibã, ou seja, o extremismo fanático, que castra a liberdade individual e o processo civilizatório.1
Todos os seres humanos têm direito à educação, seja ela o mais elementar possível, independente de sexo, religião, etnia ou classe sócio-econômica.
Contudo, se nossa jovem heroína, sobrevivente, paquistanesa conhecesse a realidade da educação no Brasil, talvez ela tomaria outra postura. Provavelmente ficaria horrorizada com o descaso dos “estudantes” brasileiros nas suas vidas escolares e o mau uso das salas de aulas.
A nossa cultura ocidental privilegia as camadas turmas mistas, em que meninos e meninas estudam juntos, mas devido ao atraso civilizatório de nossa sociedade e do incentivo a sexualização precoce estes mesmos meninos e meninas usam as salas de aula, mais precisamente entre a troca de professores, para realizarem suas promiscuidades sexuais.
Escola não é motel ou “matinho” para a fornicação infanto-puberal, cuja faixa etária deveria se dedicar ao auto-conhecimento, principalmente as emoções, as vocações e a formação da Paidéia, ou seja, a Escola é o Templo do Logos e a Acadêmia da Civita e do Caráter.
Malala esta correta em reivindicar o acesso das meninas a escolarização, pois é um direito e um dever das pessoas se civilizarem e lapidares seus conhecimentos adquiridos.
Contudo, a mistura de meninos e meninas gerou um confronto de ensinos para a sociedade, pois as formas pedagógicas na educação estão desviadas e corrompidas em nome da democracia e da “liberdade”.
Homens e mulheres têm formas diferentes de aprender, de se relacionarem e de Ser. Ambos são polos diferentes que se completam e compõem o mosaico social.
Caro(a) leitor(a) sejamos sinceros, meninos e meninas precisam ter educações diferenciadas, voltadas para as naturezas de suas polaridades de gênero, além de eduzir suas vocações e refinar o processo civilizatório, que neste último caso precisa ser realizado através das aulas de etiqueta.
Pois, precisamos de uma educação voltada para as qualidades solares e ativas do homem e das qualidades lunares e passivas2 (receptivas) da mulher, ou seja, precisamos formar cavaleiros e damas em nossa sociedade.
Pitágoras de Samos foi o primeiro grande sábio a se preocupar em educar as mulheres, por isso ele fundou o Gineceu, que tinha a função de educar as moças da aristocracia de Samos para serem damas verdadeiras.3
Assim como os japoneses até o início do Séc. XX, tinham as escolas de gueixas, que eram mulheres esmeradas e voltadas para as Artes mais refinadas da sociedade nipônica.4
Obviamente, que os homens, também, possuíam suas academias e Liceus, assim como os espartanos, as escolas pitagóricas e as orientações de Confúcio na formação do caráter que os educavam.
Contudo, Comenius, no Séc. XVII, defendeu a importância da classe mista e do aprendizado lúdico através das brincadeiras. Porém, nos parece que não foi uma boa ideia misturar meninos e meninas.5
Portanto, precisamos de classes ou escolas masculinas e femininas separados a fim de manter a civilização.
Notas:
1N.A. (Nota do Autor) – Atentado ocorrido na tarde de 09 de outubro de 2012.
2N.A – Não confundir com a passividade ou a inércia, mas uma passividade que gera a cortesia, a compreensão, a compaixão e bondade amorosa.
3N.A. - Durante toda a sua vida este filosofo criou uma escola de pensamento filosófico a fim de aglutinar e lapidar a sociedade de Samos.
4N.A. - A palavra Gueixa significa “pessoa que vive da arte”, eram cortesãs, mas se portavam com dignidade e elegância. Não eram prostitutas, segundo o pensamento ocidental.
5N.A. - Jan Amos Komesky – Nascido em 28 de março de 1592 na Morávia (atual República Tcheca) foi pedagogo e bispo protestante. Este pedagogo defendia em sua obra Didacta Magna as turmas mistas com meninos e meninas prendendo juntos.
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