As pessoas de elevada espiritualidade, como os sábios, os filósofos e os iniciados, sofrem por estarem mergulhados na matéria e por estarem presos na sua Roda de Samsara e na Roda dos renascimentos. Pois, ao contrário das pessoas comuns eles enxergam a realidade para além dos véus de Maya (a ilusão) que aprisiona os seres sencientes em uma rede de prazeres e dores e conhecem com profundidade as causas para este aprisionamento.
Aqueles que foram iniciados nos mistérios tendem a tratar a matéria como um meio inferior para evoluir, sabendo que estão presos a matéria e que esta é uma ilusão densa, pois a vida verdadeira está em mundos mais superiores e que os caminhos para esta ascensão são a meditação, a renúncia, o meio de vida correto, a contemplação, a retidão e a Yoga (união).
Quando um ser humano é iniciado nos mistérios, ele constata que a vida é mergulhada na matéria e na ilusão. Vendo isso, sábios, filósofos e iniciados, se defrontam com uma carga de angústia ao perceber que toda a humanidade está enredada nos braços de Maya e que estão todos presos a roda do renascimento.
Mas a maior dor de um iniciado é ter de estar imerso na matéria e neste mundo em que as redes de Maya oprimem, além de ter de conviver com tolos que também os oprime, de forma a puxar estes buscadores da luz a lama da mediocridade, que escraviza a todos.
Desta forma a dor (angústia) dos sábios, dos filósofos e dos iniciados se resume a questão de por que estarem presos na matéria e não as questões mais baixas da existência humana, mais sim as questões mais elevadas e sutis.
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