Alguns anos atrás, este que vos escreve e outro professor de História, tentaram realizar um projeto cultural com alunos de uma turma do 3º ano do Ensino Médio em uma escola privada. Um projeto cultural civilizatório, que visava induzir os alunos a conhecerem a historicidade de sua família. Tal projeto era para ser apresentado na Feira Cultural da escola em questão.
Toda escola tem seus projetos culturais ou feira de ciências, que visam a prática e o engajamento dos jovens alunos nos processos investigatórios (pesquisa) dos projetos proposto de acordo com a faixa de conhecimentos apresentados do ciclo de aprendizagem, ou seja, a série em que os alunos se encontram. Desta forma você tem um processo de produção ou reprodução de conhecimentos no nível de empiria.
Embora, tenha esses projetos culturais e científicos ficam as dúvidas: Como pode a educação no Brasil ser de péssima qualidade? Como pode o Ensino brasileiro estar ter as piores colocações no ranking mundial? E por que os alunos rastejam na mediocridade de um baixo raciocínio?
Voltando as nossas atenções ao projeto de genealogia. Os alunos abraçaram o projeto cultural para ser apresentado na feira, eu e o outro professor passamos as metodologias e forma investigativas para serem realizadas pelos alunos. Mostramos como fazer as entrevistas e todas as investigações para que os alunos o fizessem. Passadas duas semanas os alunos mudaram de objeto de investigação devido a dificuldade, que eles acharam em realizar suas pesquisas históricas. Eles abordaram sobre o “Big Bang”.
Bem... tivemos que ajudá-los em suas pesquisas e o projeto proposto sobre a genealogia foi abortado. Parece que a metodologia relaciona a pesquisa genealógica fica a cargo do Colégio Brasileiro de Genealogia. Quem disse que devemos cantar apenas vitórias, pela primeira vez devemos assumir a nossa derrota principalmente na realização de um projeto cultural escolar que foi abortado pelos alunos. E a genealogia poderia ter ajudado no processo de auto-conhecimento desses alunos.
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