terça-feira, 29 de agosto de 2017

Em defesa das Fraternidades Estudantis.

A juventude é uma força dinâmica na sociedade, sem dúvidas. E o Movimento Estudantil Universitário é a sua mais marcante expressão[1]. Entretanto, os estudantes possuem diferenças. Neste artigo vamos abordar de forma peculiar as diferenças entre estudantes estadunidenses e estudantes brasileiros.

No modelo brasileiro vamos destacar duas práticas: as repúblicas estudantis e o movimento estudantil. Sendo a primeira uma moradia para estudantes universitários, era chamada de solar dos estudantes ou apenas república. Essa pratica foi promovida pelo Rei D. Dinis I de Portugal[2], em Coimbra, que ordenou a construção de casa para o assentamento de estudantes que custeariam suas estadias através do pagamento da locação destas. Hoje, no Brasil, as repúblicas continuam a serem moradias provisórias para estudantes universitários com alguma ajuda governamental a fim de manterem esses recintos.

O movimento estudantil brasileiro, mais especificamente o universitário, se caracteriza pelo seu engajamento político, de sua rebeldia juvenil[3]. Até o ano de 1937 que fora fundado a UNE (União Nacional dos Estudantes), os estudantes brasileiros já possuíam uma visão crítica e opositora, segundo Arthur J. Poerner. Contudo, nos dias atuais, ocorre um engajamento político-partidário de esquerda no movimento estudantil, tornando-se um braço ativista e um militante para as ideologias de esquerda e seus partidos.

As fraternidades, cujo radical vem do latim de “frater”, significa irmão. Esta é uma prática acadêmica muito antiga em países como os Estados Unidos, tendo grande importância na vida acadêmica de um estudante. É uma associação de jovens estudantes unidos por um mesmo interesse, sendo eles pela áreas de estudos acadêmicos, esporte, social, um hobbies e solidariedade. Formando companhias constantes durante os seus anos de universidade, que se tornarão amigos para a vida inteira. De maneira a formar um rede de conhecimentos e solidariedades profissionais, em virtude dos diferentes contatos. As fraternidades ou irmandades[4]estão quase sempre localizadas dentro do campus universitário, lembrando as nossas repúblicas, mas não servem apenas como moradia ou um local de estudos. Elas têm como objetivo o “saber viver” e organizam eventos, grupos de estudos, fazem trabalhos voluntários. Apesar dos filmes passarem a ideia de que são feitas só de festas, bebidas e excessos hedonistas, esta não é a função verdadeira das fraternidades.

O ponto em comum que as fraternidades e os movimentos estudantis têm são os trabalhos voluntários, como forma de trabalhar o caráter de seus membros e colaborar com o processo social.

Sendo assim, as fraternidades estudantis configuram uma forma de opção aos estudantes brasileiros na sua formação sem a interferência maliciosa dos partidos políticos e ideologias político-partidárias.

Notas e referências bibliográficas:

[1] SAVAGE, Jon – A Criação da Juventude: Como o conceito de teenage revolucionou o Século XX – Rocco – 2007 - Rio de Janeiro – R.J. – pág. 29. HOBSBAWM, Eric – A Era dos Extremos: O breve Século XX (1914 – 1991) – Companhia das Letras – 2005 - Rio de Janeiro – R.J. – pgs. 317 e 319 . POERNER, Arthur José –O Poder Jovem: História da participação política dos estudantes desde o Brasil-Colônia até o governo Lula – Booklink Publicações Ltda– 2004 - Rio de Janeiro – R.J. – pgs. 39, 40, 129 e 130.
[2] D. Diniz I (Lisboa9 de outubro de 1261 – Santarém7 de janeiro de 1325), apelidado de o "Rei Lavrador" e "Rei Poeta", filho mais velho do Rei D. Afonso III.
[3] POeRNER, Arthur José –Op. Cit. – Booklink Publicações Ltda – 2004 - Rio de Janeiro – R.J. – pgs. 40, 53 à 55, 123 e 124. MALATIAN, Teresa – Império e Missão: Um novo monarquismo brasileiro – Companhia editorial nacional – 2001 – São Paulo – S.P. – pág. 38, 44, 45.
[4] As diferenças entre fraternidades e irmandades são a questão de gênero. Enquanto as fraternidades agregam moços, as irmandades selecionam moças.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Os limites do uso da tecnologia

Vivemos em uma época caracterizada pela enxurrada de tecnologias que mimaram o público, deixando-o indolente. Tal fenômeno foi muito criticado pelo economista estadunidense Robert Gordon e por filósofos à maneira clássica, que afirmam ocorrer uma dependência e um abuso sobre máquinas, dispositivos e códigos digitais.
O advento da tecnologia é para o auxílio das ciências em suas pesquisas, o seu uso cotidiano foi uma concessão para a produção de bens de consumo (como os tecidos da I Revolução Industrial).
Embora, alguns leitores fossem questionar sobre a tecnologia ser filha da guerra. A guerra é um fator que desenvolve a tecnologia com as finalidades de investigação através de cálculos e experiências e a vitória através do uso da tecnologia e da moralidade.
A tecnologia hoje, ainda possui limitações, pois uma coisa é o nosso imaginário e a outra é a realidade, a concessão do uso de tecnologia que hoje se limita as redes sociais, informações questionáveis e ao hedonismo eletrônico, sem dar espaço significativo da comunicação digital aos negócios, segundo Robert Gordon, contudo constatamos o uso abusivo e de forma dependente dos aplicativos nas comunicações e no cotidiano, tarefas que poderiam ser utilizadas pelo intelecto humano desenvolvendo o seu raciocínio para invenções e maiores atenções em tarefas.
Sendo assim, a humanidade esta carente de invenções que elevem o seu conhecimento e progresso interno e humanístico.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

A crise no Rio de Janeiro.

Os caros leitores devem lembrar quando o presente colunista publicou o artigo “Rio de Janeiro: a nova Atlântida”[1], que hoje agoniza com suas tragédias, mas por culpa de seu próprio povo, que foi leviano, avaro e bárbaro. Lembrando que os políticos são o reflexo da população, são apenas canalhas mais esperto que foram eleitos por canalhas menos espertos.
A crise no Rio de Janeiro é um resultado disto e de uma soma de condições negativas, como uma má administração, tanto corrupta quanto oligárquica e cleptocrática[2] que se embriagaram com o dinheiro e o poder.
Voltando a questão das oligarquias, estas estiveram coniventes com o crime, pois a praticavam de forma a absorver o sistema corrompido e se alimentar deste de maneira a complementar os seus ganhos. Contudo, devemos observar que são oligarquias que lutam umas com as outras no intuito de ascender ao poder e impor seu projeto de dominação.
Tais grupos visam maneiras de lucrar com o estado de abandono e caso que se encontra o Rio de Janeiro a fim de sustentar suas ganancias e suas luxúrias e manter o povo, cumplice de seus crimes, no estado de ignorância e barbárie. Para algumas pessoas estas oligarquias remontam o período colonial, da época das capitânias hereditárias, o que é um engano, pois as lideranças locais vieram com os coronelismos e com a formação destas oligarquias que hoje saqueiam, ainda, o Estado do Rio de Janeiro e sua capital, nos deixando um legado sombrio.
Aonde a fome assola os funcionários públicos estaduais pela falta de pagamento em virtude do esgotamento financeiro gerado pelos saques das oligarquias na administração do Estado e dos municípios fluminenses. E hoje o povo assiste os resultados passivamente e sem uma visão para o futuro.
Mas, toda crítica deve vir com uma sugestão. E sugestão é que o Rio de Janeiro seja transformada em Território, ou seja, perca seu Status de ao nível Estado e seja rebaixada de território em virtude da ausência de administração e segurança, como foi citada anteriormente, sendo colocada aos auspícios do governo federal retirando o poder de oligarquias alinhadas ideologicamente com o crime organizado.

Notas e referencias bibliográficas:

[1] Ver http://www.gostodeler.com.br/materia/18233/rio_de_janeiro_a_nova_atlantida.html
[2] Referente à Cleptocracia, termo de origem grega, que significa “governo de ladrões”, que visa roubar de capital financeiro dum país e do seu bem-comum. A cleptocracia ocorre quando a maior parte de sistema público governamental é capturada por uma oligarquia que pratica a corrupção política, institucionalizando-a, assim como, seus derivados como o nepotismo, o peculato, de forma que estas ações ficam impunes, por todos os setores do poder estarem corrompidos, desde a Justiça e todo o sistema político e económico-fiscal. Ver em https://pt.wikipedia.org/wiki/Cleptocracia acesso em 05 de agosto de 2017 às 10hse 37 min.