quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Repensando o Rio de Janeiro.

 

Na verdade o título deveria ser “Constatando o Rio de Janeiro”, pois já foi dito o que se é palpável e visível sobre a realidade da decadência do Rio de Janeiro, mais especificamente a cidade que sofre com a violência, dificuldades de comunicação e processo de favelização ostensiva.

O Rio de Janeiro desde que deixou de ser a capital do Brasil passou por um processo de decadência em vários bairros do Rio de Janeiro e tal fenômeno se tornou mais forte na chamada Baixada Fluminense,[1] local em que ocorrem muitos crimes e problemas sociais.

Segundo o jovem senhor Davi Silva, amigo deste presente autor, o Rio de Janeiro é uma cidade para turistas, sendo que a parte turística do Rio de Janeiro se concentram, na chamada, Zona Sul do Rio de Janeiro e no Centro da cidade, locais que receberam muitos investimentos e é super valorizada pelo seu valor cultural e turístico como as praias, museus, centros culturais, restaurantes e pólos administrativos, assim como são os centros convergentes da cidade.

E a cidade do Rio de Janeiro sofre com a comunicação, ou seja, a dificuldade de transportes, pois o Metropolitano (Metrô) possui apenas duas linhas que se convergem em dez estações, que ficam limitadas pela geografia da cidade e pelos interesses das empresas de ônibus.

A geografia da cidade se limita entre montanhas e mar, devido a cidade ser cortada por um braço adiantado da Serra do Mar, o que causa uma divisão e uma dificuldade de implementação de novas estações a fim de atender as necessidades de comunicação entre os bairros. Já questão dos interesses da empresas de ônibus impedirem, através de pressões políticas e financeiras, com o intuito de manter o seu monopólio nos transportes do Rio de Janeiro.

E um assunto que não podemos deixar de abordar é o processo de favelização dentro da cidade, este processo têm como conseqüência esvaziamento de imóveis e a um êxodo de famílias da cidade, devido a violência e de desvalorização dos imóveis no Rio de Janeiro.

Sendo assim podemos constatar este processo de decadência do Rio de Janeiro e da fuga de empresas e famílias desta cidade, que sofre com a violência e com as dificuldades de comunicações e imobiliária.


Notas:

[1] N.A. (Nota do Autor) – A Baixada Fluminense também é chamada de Recôncavo Fluminense em que se agregam as cidades em torno da capital do Rio de Janeiro.

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

O Shintoísmo

 

O Shintoísmo é uma religião politeísta, oriunda do culto a natureza e baseada na mitologia japonesa, em que os homens se sentiam envolvidos pelos mistérios divinos.[1]

Sua origem é imemorial. Suas principais divindades são Izanagi e Izanami (casal Divino), assim como Suzanoo, Ninigi e, principalmente, Amaterazu (a deusa solar).[2] Para os japoneses cada fenômeno da natureza era considerado obr de um ser superior invisível que tinham o poder de conservar e movimentar, estes seres superiores eram chamado de “Kami”, tendo para cada fenômeno da natureza um Kami, ou seja, um espírito.

Contudo mesmo tendo prestando culto aos Kamis, um certo paralelo com os elementais ou os orixás do candomblé, presta-se culto a Deusa Amaterasu em virtude de seu aspecto solar como no Cristianismo esotérico que presta adoração ao Logos Solar, o Cristo.

Embora tenha ocorrido uma fusão com o budismo em algumas práticas em 538 d.C. Após a Segunda Guerra Mundial a religião Shintô se desvinculou do Estado, pois antes disso o imperador se considerava como descendente da Deusa Amaterasu.

Porém, podemos afirmar que o Shintoísmo é uma religião que evolui do xamanismo para uma religião formal, mas com semelhanças ao cristianismo em analogia ao culto solar e de sua fusão com o budismo que entrou pela China.

Ao contrário do que alguns autores afirmam que o Shintísmo não acredita em um ser Supremo, os shintoístas apresentam o “Kami no Kami”, ou seja o espírito pai dos espíritos e pai do casal divino. Porém o Shintoísmo não apresenta um fundador, mas uma evolução do xamanismo anímico para uma religião mais complexa.


Notas e referencias bibliográficas:

[1] OZAKI, André Masao (SJ) – As Religiões Japonesas no Brasil – 1990 – São Paulo – S.P. – Pág. 99.

[2] Enciclopédia Novo Século – Vol. 7 – Editora Visor – pág. 1275.

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

O Taoísmo

 

É atualmente uma religião dharmica fundada no período dos Reinos Combatentes, antes era uma doutrina filosófica, o que a torna uma religião dharmica. Três pensadores resumem as etapas básicas de sua evolução. Desta forma esta religião contemporânea de Confúcio.[1]

Os três pensadores eram Yang Chu, Lao Tsé e Chuang-tsé. Sendo assim podemos observar que não houve apenas um fundador, mas três pensadores que fizeram uma contribuição para a formação e desenvolvimento da religião. Cada um dos pensadores imprimiu sua contribuição na doutrina filosófica. Sendo assim, podemos classificar o Taoísmo como uma religião do Segundo Raio.[2]

Yang Chu foi um filósofo quietista que pregava a introspecção extrema. Já Lao Tsé foi o autor do Tao Te Ching e introdutor do conceito de Tao de forma transcedente, neste caso o Tao é associado ao Dharma, que por sua vez seria uma Cosmo-sapiencia, ou seja Deus, mas nesse caso diferente do Deus personificado e antropomorfico do Cristianismo, o Tao/Dharma é um Deus Cósmico.[3] Chuang-Tsé, que deu seu nome à compilação mais recente dos textos fundadores, mostrando-se um homem de caráter e de humor, seus textos se apresenta de forma agradável de serem lidos. Ele teria optado por uma vida mais modesta preferindo a discrição às honrarias.[4]

Porém quem mais se destacou na transmissão dos ensinos do taoísmo em virtude da textificação foi Lao Tsé.

O Tao, como foi dito anteriormente, se identifica com o conceito de Dharma dos budistas e do conceito de um Deus Cósmico e transcendental dos cristãos.

Notas e Referencias bibliográficas:

[1] Enciclopédia Novo Século – Vol. 11 – Editora Visor – pág. 2066.

[2] Enciclopédia Novo Século – Vol. 11 – Editora Visor – pág. 2066. E HODSON, Geofrey – Os Sete Temperamentos Humanos – Ed. Teosófica – 2012 – Brasília – pág. 38.

[3] ROHDEN, Humberto – in TSÉ, Lao – Tao Te Ching: O Livro que revela Deus – Martin Claret – 2011 – São Paulo – S.P. – págs. 22 e 23.

[4] NORMAND, Henry – Os Mestres do Tao – Ed. Pensamento – 1993 – São Paulo – S.P. – pág. 111.

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

O Confucionismo

 

O confucionismo é uma religião filosófica, cuja doutrina é ética e se derrama na política. Estes ensinamentos se baseiam na sabedoria de Confúcio (Kung-fu Tsu)[1], que foi considerado como o sábio de Lu.[2]

Esta religião dharmica teve importância decisiva no pensamento e na vida cotidiana da China durante de 25 séculos.[3] Contudo não pode ser considerada como uma religião devido a carência de transcendentalismo, redenção, ortodoxia ritual ou liturgia e hierarquia organizada. Ainda assim esta filosofia orienta as pessoas para uma harmoniosa realização individual e o bom governo da família, Sociedade e Estado.

Seu corpo doutrinário consta de uma série de normas e conceitos inter-relacionados, de cuja correta aplicação depende a eficiência de todo o sistema.[4] Confúcio afirma que os homens devem se inspirar no T’ien Ming (Mandato do Céu) a fim de viverem com retidão. Antes de abordarmos o que o sábio de Lu tem a dizer sobre a essência moral, é conveniente, antes de mais nada, abordemos dois conceitos que já eram correntes na época, que eram o Caminho (Tao)[5] e a Virtude (te).[6]

O termo Caminho parece cobrir a soma total de verdades sobre o Universo e sobre o homem, porém não som do indivíduo, mas também do Estado, e é neste ponto que Confúcio expõe o T’ien Ming na condução do Estado. Tanto o conceito de Caminho quanto o de Virtude eram conceitos correntes na época de Confúcio. Enquanto que Virtude (te) era uma benção que o homem recebeu do Céu, o que nos remete a um significado moral para Virtude.[7]

Os ensinamentos de Confúcio estão concentrados em cinco elementos: Ren (Humanidade), Yi (justiça), Li (ritual), Zhi (conhecimento) e Xin (integridade). Entre todos os elementos, o Ren (Humanidade) e o Yi (Justiça) são fundamentais. Às vezes, a moralidade é interpretada como o fantasma da Humanidade e da Justiça. Quanto ao ritual não devemos entendê-lo como um simples ritualidade vazia, mas sim como uma forma de polidez cotidiana que esmera as atitudes e a reveste de nobreza.

Agora devemos apresentar o fundador da filosofia, o homem que expôs as idéias que guiaram a sociedade do Estado de Lu e da China. Confúcio viveu entre 552 a.C e 489 a.C, em Tsou, descendente de Fu Fu He, que, embora fosse o filho mais velho do Duque Min de Sung, abriu mão do seu direito de sucessão ao seu irmão mais novo, que se tornou o Duque Li. O pai de Confúcio não é mencionado das fontes mais antigas. Entretanto o Duque Hsiang menciona um Shu He de Tsou, porém nada se sabe sobre sua mãe.[8]

Na juventude Confúcio desempenhou funções de pouca importância. Chegou a ser um pequeno oficial encarregado de lojas e encarregado de ovelhas e gado. Sua entrada para a vida oficial se deu quando a visita do Visconde de T’an ao Reino de Lu, para ser instruído sobre o sistema usado no tempo de Shao Hao para nomear oficiais de acordo com nomes de pássaros. Em 525 a.C. Confúcio tinha 27 anos, provavelmente, teria um cargo pequeno na corte de Lu.[9]

Confúcio teve de abandonar a sua pátria por motivos políticos em 496 a.C. e regressou em 483 a.C. Nos anos que passou no exílio representam o período principal de sua atividade doutrinária. Confúcio o preceptor e conselheiro de uma nova classe de proprietários e comerciantes que necessitavam de porta-vozes para sua ideologia.[10]


Notas e Referencias bibliográficas:

[1] CONFÚCIO – Os Analectos – L&PM Pocket – Porto Alegre – R.S. – Pág. 12.

[2] N.A. (Nota do Autor) - Lu foi um dos Estados Guerreiros anterior a formação da China.

[3]Enciclopédia Novo Século – Vol. 3 – Editora Visor – pág. 571.

[4] Idem – Ibidem.

[5] N.A. (Nota do Autor) – O Tao referido aqui não é o mesmo Tao abordado pelo Taoísmo, mas sim uma senda para as virtudes.

[6] CONFÚCIO – Op. Cit. – Pág. 13.

[7] CONFÚCIO – Op. Cit. – Págs. 13 e 14.

[8] CONFÚCIO – Op. Cit. – Págs. 166 e 167.

[9] CONFÚCIO – Op. Cit. – Pág. 168.

[10] Enciclopédia Novo Século – Op. Cit. – pág. 571.