quinta-feira, 7 de junho de 2012

Para que servem os livros? - Literatura

“Livros não mudam o mundo. Quem muda o mundo são os homens. Livros mudam os Homens” – frase atribuída a Mario Quintana, possível autoria de Caio Graco, estadista romano (Séc. II a.C. ou Séc. II A.E.c.). Cerca de uma década e meia foi ventilado pelos governos a propaganda: “Brasil, um país de leitores”. Isto foi um incentivo para que as pessoas passassem a ler mais, fosse um jornal, uma revista ou um livro, com o objetivo de tornar o povo mais culto, além de tornar a cultura mais acessível ao povo. Embora sempre houvesse uma resistência velada, quase abertamente, por parte do povo, em virtude de seus desinteresses, imaturidades e orgulho em serem medíocres. O pior de tudo é que ocorre um incentivo, por parte de empresários, estadistas e “celebridades” para fazer as pessoas abandonarem o hábito, já escasso, da leitura. Tal abertura trouxe pouco interesse, até porque nas viagens de coletivos e transporte de massas podemos ver poucas pessoas, com livros nas mãos, realizando suas leituras; concentrados até a chegada de seus destinos. Mas...para que servem os livros?O que o brasileiro esta lendo? Qual o tipo de Literatura? Os livros são, justo as grandes invenções, guardiões do conhecimento; alicerces para a formação do pensamento próprio; narradores da epopéia humana; lembretes de nossas tolices e estupidez e, serve, para registrar idéias, para registrar idéias, para que estas jamais se percam. Assim como também nos servem com arautos dos gigantes do passado, de suas vozes, que são ondas divinas da essência (o Inominável – os Devas – O Dharma), que nos inspiram a caminhar na trilha para a Sabedoria. Além de preencher nossas mentes com os saberes, nos momentos de ócio. Ler um livro é um ato civilizatório, como disse uma vez o jornalista Diogo Mainardi, ninguém abre um livro impunemente. Porém, para se adquirir civilização através da leitura, se faz necessário ler os clássicos, pois são estas obras os receptáculos da civilização, sabedoria e valores atemporais. Mas, os brasileiros têm lido livros consumíveis, ou seja, livros de qualidade duvidosa... Perdoem este colunista, honrado (a) leitor (a)... Pois, como afirmava o monge budista do Séc. XIII – Nichirem Shonin – “Não despreze o ouro pro estar contido em uma bolsa imunda”. Porque as pessoas precisam começar por algum lugar, mas sempre deve ler os clássicos. Ninguém pode ficar no trivial e frívolo. Uns dos piores problemas nos livros e dos autores atuais são a falta de qualidade e as apropriações indevidas de alguns autores, que pegam as idéias dos gigantes de antanho, um grande autor, e colocam seus nomes no lugar deles e não faz a referência devida. Lógico que o autor precisa ter uma idéia original, para não ser um repetidor, embora vá se deparar com uma idéia proposta ou pérola de sabedoria de algum sábio ou mestre ascensionado. Por isso os clássicos são e serão eternamente as bases das literaturas e das idéias. São neles que encontramos a qualidade (a primeira necessidade para a formação do pensamento correto) da informação e conhecimento universal. Não importa quantos livros leiamos se não tivermos tempo livre (segunda necessidade) para observarmos, entendermos, investigarmos e raciocinarmos corretamente, sobre a obra lida. Desta forma obteremos o domínio correto das ciências. Porém, não basta lermos e pensarmos se não nos der o direito de agirmos baseados no que aprendemos (terceira necessidade). Sendo assim os livros são os receptáculos do conhecimento, mas para isto devemos ler os clássicos, e servem como pontes para a Paidéia.

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