sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Videogames: a consolidação do hedonismo.


 “Quero ganhar a vida jogando videogame” - palavras de um adolescente.

Um grupo de adolescentes contaram para este autor sobre a mais recente modalidade de ganho financeiro através da diversão, que seria ganhar a vida jogando videogame, ou seja, através da diversão eletrônica ganhar uma fortuna considerável. O que expressa erros atuais no materialismo, no hedonismo e na criação de nossos filhos.
Algumas décadas atrás os pais almejavam e educavam seus filhos para serem cidadãos honestos, trabalhadores e exemplares e estes homens e mulheres maduros eram nossos modelos de vida. Porém, com os adventos da tecnologia, do videogame, da Internet, da omissão dos pais somadas ao ECA e a influência do materialismo exacerbado com o apego ao hedonismo e com o incetivo à vagabundagem, gerou um novo e assustador tipo de jovem que não quer trabalhar e quer adquirir dinheiro rápido, fácil e em grande quantidade.
Tal jovem busca através do apego à ilusão e ao ócio nocivo um forma tirânica impôr o seu desejo vazio de propósito, tendo como mola motriz desta pseudo-motivação uma forma de lucro imediato trazido pela tecnologia e pela informática voltada para a diversão.

Este fenômeno atual tem incentivo das grandes empresas de jogos eletrônicos e grupos de interesses em deformar os jovens e as sociedades atuais com campeonatos que premiam os jogadores em dinheiro nestes eventos. Afirmando que eles ganham por mês a quantia aproximada de R$250.000, 00.
Entretanto, este desvio começa em casa com os pais que incentivam e impõe seus filhos a obterem bens materiais e a levar vantagem em tudo, tanto em discurso como por atitudes, ou seja, criam uma criança ou um jovem de moral desvirtuada, em que o importante é ter mais do que realmente ser.

Contudo esta é uma natureza inferior que os homens têm em virtude de seu apego ao que é fácil, prazerosos e ligado ao seu lado bestial ou instintivo. O estoico Epiteto nos ensinou que: “A verdadeira Liberdade consiste no domínio de nosso impulso”.
Desde o advento dos videogames da década de 1980 no Brasil os jovens procuravam se divertir com estas máquinas eletrônicas, porém sabiam equilibrar esta com outras atividades sociais e recreativas com outras criança e jovens. Seu mundo não ficava resumido a uma tela de computador e havia um plano de vida. Embora poucos jovens se atinham ao idealismo, mas os materialistas existentes possuíam uma ética e sabiam dosar esta angustia.

Nossos filhos são angustiados e encontraram neste materialismo antiético uma forma de enganar sua fome e impor um modelo de mundo juvenil ligado ao ócio nocivo e apegados ao hedonismo.
O filosofo Platão nos afirmava que deveríamos dividir o nosso tempo em seis horas de atividades distintas entre o sono, o trabalho, o estudo e os Divinos Ócios, sendo estes utilizados numa forma de aproveitamento de tempo para o uso de Hobbies, ou seja, os nossos talentos, a nossa vocação, aquilo que fazemos melhor sempre ligados as Artes, as Musas, as Atividades Físicas e contemplações harmônicas interiores (meditação) e exteriores (passear ou contemplar a Natureza ou Kosmos). Poucos pais cientes desta filosofia aplicam e incentivam seus filhos nesta direção.

O que nos parece é que teremos mais uma geração perdida para o ócio, a vagabundagem, a Tirania oclocrática, as paixões e para o hedonismo.




2 comentários:

  1. É a verdade esse texto. Posso dar um breve relato de experiência própria. O video game está presente em minha vida desde 5 anos de idade. Embora eu passasse tempos no computador jogando eu também fazia outras coisas além. Por conta da minha antiga natureza compulsiva, eu sempre estive intensamente ligado com qualquer coisa que me oferecesse um mínimo prazer. Durante uns 3 anos da minha vida, ele se tornou alvo disso , mas nunca pensei em viver daquilo e nesse meio tempo ví esse ascensão doentia entre a juventude. Hoje em dia , estou livre dessa compulsão. Considero o video game neutro , embora tenha que admitir que a industria pesa para um lado extremamente consumista, que eu abomino e é isso que torna o esporte eletrônico especialmente negativo. Estou a boicotar títulos "pay to win" (um método de jogo que incentiva o gasto de dinheiro) qualquer título que incentive competição exacerbada, jogos pornográfico e todo aquele que expor ou incentivar má conduta fora de realidade(Ex: jogos com objetivos como matar pessoas ou qualquer ato hediondo por pura premiação). Não enalteço nem condeno jogos temáticas violentas( não defendo nenhuma estilização de violência),terror ou gêneros mistos. Pouquíssimos títulos dou positivo,aqueles que busquem contar histórias com morais,(principalmente aqueles que dão enfoque no livre arbítrio e consequências dos atos precisas ) ou jogos que ofereçam prazer mundano pouco ofensivo e com caráter estritamente casual/familiar.
    Perdão pelo texto imenso! Até!

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    1. Saudações jovem mestre Raiz.
      Obrigado pelo teu relato detalhado de tua experiência e por tua colaboração textual.
      Peço que você continue a escrever assim, gostei muito, parabéns por isso e por tua luta intensa contra a compulsão.
      Não precisa se desculpar pelo texto, esta tudo na certo na medida certa e necessária.

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