domingo, 10 de janeiro de 2010

Em terra de cego que tem um olho é playboy (ensaio sobre a inveja)

E portanto, vamos socializar a sua córnea.

Saudações nobres leitores, falemos sobre a inveja na sociedade, ou seja, esta força infernal como elemento dinamizador do conflito entre classes, intraclasses e pessoas.

Porém a dinâmica a que me refiro é uma dinâmica negativa. Pois, nos dias atuais o pouco que você tem será dividido à força e na marra com os demais, seja através do assalto, através da usurpação, defendida por lei - entenda-se desapropriação, seja através da eliminação física ou através do discurso da culpabilização.

Pois bem nobre leitor, trabalhamos a vida inteira com um esforço que mobilizamos todas as energias para formamos nossas vidas e, até, nossos patrimônios e dar um conforto para nossa família para nos ser arrebatado de forma agressiva e bárbara.

O interessante é o fato de que quem nos rouba e nos agride costuma nos chamar de playboy. Mas, espera aí o que é realmente o playboy? Quem é playboy? Esse conceito se formou a décadas atrás e quer dizer o Bon Vivant, uma pessoa ou pessoas de posses financeiras e materiais que tinham condições necessárias para curtir a vida, graças aos esforços de seus ancestrais que deram duro a vida inteira para formar seus patrimônios, porém, surge nessas famílias uma determinada geração que levará o patrimônio ao processo de decadência. Lógico que dou uma explicação sobre isso, tudo na vida é composto pelos ciclos de ascenção, apoteose e queda, comum a tudo e a todos, a questão é saber administrar esta queda, contemplando a natureza deste ciclo e se despegar de tudo o que achamos que possuímos.

Voltando a nossa explicação sobre o playboy, em parte a culpa da formação é os pais deste que não ensinaram o valor do esforço e da luta pela manutenção do status quo da família, em sintese como um ditado português nos ensina:

“O Estado de Bem-Estar social faz aos pobres a mesma coisa que todo pai rico faz aos seus filhos: Estraga-os”

Este era o conceito inicial de playboy, mas que atualmente o sentido foi pervertido para uma retórica bizarra, pois se o sentido era o Bon Vivant, agora é para aquele que tem um pouco mais do que o outro, ou seja o trabalhador pai de família, o jovem que esta começando a sua vida no mundo do trabalho e da cidadania, que são considerados como playboys pela malandragem, que por inveja e ódio ao outro, irá agredi-los e rouba-los por serem diferentes de seus circulos socio-economicos e culturais e por se acharem vítimas das sociedades, quando são eles mesmos que são indolentes, tolos, desonestos e preguiçosos e que portanto não se contentam com o que tem, desejando o bem alheio, e seguem os ditames das leis naturais da vida através de trapaças e mentiras. Que por sua vez encontraram respaldo em um governo que facilita suas vidas através dos assistencialismos e de um judiciário que absolve todas as culpas e não aplica os rigores da lei pela afronta a ordem social.

Hoje a classe média regular e a classe média baixa são as vítimas da violência urbana e como as autoridades protegem a vagabundagem com o discurso de que eles são coitadinhos e que “nos é que somos os monstros por lucrarmos com a desgraça e a exploração das classes baixas”, até aonde eu sei trabalho com dignidade, honestamente e feliz de me sentir produtivo e por voltar para casa trazendo o pão nosso de cada dia e satisfeito com o que tenho, que para alguns não é muito e para outros sou um bem-aventurado.

Um bom domigo e tudo de bom para vocês nobres leitores.

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