quinta-feira, 31 de julho de 2014

O redescobrimento do Heliocentrismo e da esfericidade da Terra.

“A terra e os demais errantes (planetas) caminham no céu em torno do Sol, que é o centro do Universo de acordo com sua grandeza e majestade” – Aristarco de Samos.

 No episódio nº 4, da segunda temporada da Série “Da Vinci’s Demos”1, o personagem Leonardo Da Vinci, em uma viagem rumo ao continente desconhecido, descobre que a Terra é redonda e, em um insight, que ela é mais um planeta que gira em torno dom Sol.
Através deste discurso visual, podemos observar que durante o fenômeno histórico do Renascimento estas idéias, aparentemente foram descobertas ainda naquela época, Séc. XV. Porém, estas idéias foram expostas na Antigüidade, com as observações dos homens de antanho, como os Astrólogos-astronomos babilônicos, Pitágoras de Samos, Tales de Mileto, Aristarco de Samos e Arquimedes de Siracusa2.
Pitágoras, os pitagoricos e Aristarco defendiam a idéia do Sol ser o centro do universo com o Astro-rei e que a Terra e os demais planetas (errantes) navegam no céu ao redor do Sol, de acordo co sua majestade e importância3, ou seja, a Terra e os demais astros giram em torno do Sol devido as observações dos fenômenos cíclicos de mudanças da luz do Sol e dos fenômenos astronômicos que se apresentavam com regularidade4.
Após o primeiro incêndio da Biblioteca de Alexandria estes conhecimentos ficaram perdidos até o Séc. V d.C., naquela cidade, do qual Hipátia retoma a discussão sobre o Heliocentrismo. Contudo, esta filosofa, matemática e astrônoma neoplatônica foi barbaramente assassinada, desta forma o assunto foi silenciado5.
Posteriormente, o Heliocentrismo, assim como a esfericidade da Terra, foi redescoberta no Renascimento por Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Giordano Bruno e, na Idade Moderna, por Johannes Kepler. Sendo a idéia de Kepler consolidada como paradigma da astronomia e uma consolidação do modelo Heliocentrista6.
Desta forma podemos considerar dois pontos deste presente artigo. O primeiro, que o Heliocentrismo e a esfericidade da Terra foram ocultados durante dez séculos. Tal fato mergulhou o homem, em um período de trevas e da ignorância. Este foi um período conhecido como a Idade Média7.
Porém, a História nos alerta para as manifestações cíclicas dos fenômenos e hoje sofremos uma nova Idade Média no pensamento humano e com isso se lança a pergunta: O que será ocultado desta vez8?
O segundo ponto é que os homens sempre inspirados por Urânia – a Musa da Astronomia – levantam suas cabeças para olhar o céu noturno e admirar, contemplar e observar para a beleza, a função e os ciclos celestiais que se apresentam para nós a fim de investigarmos os mistérios que nos cercam.9
E através da observação e investigação, inspirados pelas musas, a verdade sempre se apresentará de forma a retirar os homens de seu estado de ignorância servil.
Pois, segundo Madame Blavatsky“Não há religião superior à verdade”.
Portanto, olhemos para os céus noturnos, matutinos e vespertinos. Busquemos nossas inspirações em Clio e Urânia e guardemos os saberes e forças para uma nova Renascença.
Notas e referências bibliograficas:
1 Série apresenta pela Fox Chanel. Assistido em 04/07/2014 às 23:30.
2 TARNAS, Richard – A Epopéia do Pensamento Ocidental – 8ª edição – Rio de Janeiro – R.J. – Bertrand Brasil – Págs. 64 à 68.
3 TARNAS, Richard – Op. Cit – Pág. 98.
4http://www.gostodeler.com.br/materia/18418/O%20primeiro%20computador%20e%20sua%20rela%C3%A7%C3%A3o%20com%20a%20astrologia/astronomia..html
5http://www.gostodeler.com.br/materia/18329/F%C3%A9,%20fanatismo%20e%20convic%C3%A7%C3%A3o%20no%20cen%C3%A1rio%20atual..html
6 TARNAS, Richard – Op. Cit – Págs. 270 à 273, 275, 280 à 283,276 à 280. e MARCONDES, Danilo – Iniciação à História da Filosofia – 13ª edição – Rio de Janeiro – R.J. – Editora Jorge Zahar – Págs. 154 à 158.
7 FÍGARES, Maria Dolores – Uma Nova Idade Média – In Revista Esfinge nº 29 – São Paulo – S.P.. – Edições Nova Acrópole – Págs. 19 e 20.
8 TARNAS, Richard – Op. Cit – Págs. 274.
9 HESÍODO – Teogonia: A origem dos Deuses –4ª edição – São Paulo – S.P.. – Iluminuras – Págs. 21, 23 e 35.

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