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segunda-feira, 22 de junho de 2015

Transporte público.

Um registro oral sobre os transportes coletivos na Espanha e no Rio de Janeiro.
Sociopolítica
Mais uma vez a senhora Dulciléia Rangel1 colabora conosco e nos relata comparativamente sobre os serviços de transportes coletivos no Brasil, especificamente no Grande Rio, e a Espanha, aonde ela residiu durante um bom tempo. Nesta colaboração ele nos relata que exite uma imensa diferença nas formas e nas condutas cotidianas, aproveitamos para lançar a nossa crítica relativa a inexistência de educação e bom-senso dos usuários dos ônibus coletivo.
Dulciléia Rangel: “Roberto. Eu pergunto, se o motorista atualmente pode fazer o papel de cobrador, em alguns ônibus, por quê, então ele precisa sair com o ônibus ainda com as pessoas se acomodando para sentar?”
Roberto Bastos: “Imediatismo de nossa cultura.”
Dulciléia Rangel: “Aliás...isso ocorre até com as pessoas que estão entrando no ônibus, mesmo quando há um cobrador no coletivo. Isso não tem cabimento!!!”
Roberto Bastos: “É verdade. Muita gente se machuca neste processo. E tudo para fazer ficha ou número e atender ao imediatismo deste povo bárbaro.”
Dulciléia Rangel: “Na Espanha, aonde morei durante um tempo não é assim.”
Roberto Bastos: “Cara senhora. Poderia então nos relatar e comparar como é na Espanha? Este país europeu considerado por alguns oligofrênicos como apenas um país “Ibérico”.”
Dulciléia Rangel: Na Espanha o condutor de ônibus faz o papel de cobrador, também. Ele para no ponto de ônibus as pessoas sobem educadamente, saúdam o condutor, ele cobra os usuários e estes se sentam. Ele, ao final deste processo,verifica se estão todos sentados para, assim, partir com o ônibus.
Roberto Bastos: “Nossa!!! Seria magnifico e justo se ocorre aqui no Brasil este procedimento.”
Dulciléia Rangel: Pois é. É uma questão de educação, de polidez e de urbanidade. Aqui no Brasil parece que não tem e se recusa a ter, isso é muito triste. E no Brasil se o motorista não pode falar ao celular, então por que ele deveria cobrar a passagem enquanto dirige? Isto é o equivalente ao falar ao celular.
Roberto Bastos: “O Brasil perdeu sua civilização desde a proclamação da República. Perdemos o nosso rumo civilizatório e hoje se exalta a barbárie, a oligofrenia, a oclocracia, a desonestidade e a bestialidade.”
Dulciléia Rangel: “Ah!!! Outra questão. O abuso de aparelhos de sons em altura máxima, utilizadas por gente mal educada nos ônibus. Ainda mais, quando é o funk. Na Espanha respeita-se o espaço do outro as pessoas utilizam seus fones de ouvido para ouvir. E olha que não é Lei, mas força do costume.”
o correto
Roberto Bastos:“Vou te responder esta através de dois artigos, que recomendo você ler - “Música Clássica e Educação” e “A Ética em processo de extinção”2, esta de autoria da senhorita Ísis Nogueira, colunista do Gosto de Ler . Não existe mais no país, principalmente no Rio de Janeiro, o respeito pelo próximo e nem o respeito e cumprimento das Leis, típico na democracia.”
Dulciléia Rangel: “As pessoas precisam aprender a respeitar o outro não somos obrigados a ouvir o que os outros ouvem.”
Roberto Bastos: “Isto é chamado de oclocracia, ou seja, a tirania do populacho desclassificado e ignóbil sujeitando seus desejos bestiais na sociedade. Mais uma vez agradeço a tua colaboração ao site Gosto de Ler.”
Dulciléia Rangel: “De nada, foi um prazer colaborar convosco.”
Contudo não terminamos aqui este artigo pois, além de registro oral da senhora Dulciléia Rangel o relato de um condutor3 do BRT (Bus Rapid Transport) e uma visão do próprio autor referente ao público. Este condutor nos relata que diversas pessoas entram por fora da estação do BRT para não pagarem as passagens, ou seja, ressurge a figura do “caloteiro”. Além do presente autor ver pessoas utilizando o espaço de circulação do BRT como ciclovia ou passarela, atravessando aonde não deve ser atravessado.
Se as pessoas não querem pagar o valor devido então protestasse contra o valor da passagem que hoje se encontra no valor abusivo e paradoxal de R$3,40 no Rio de Janeiro, em São Paulo (capital) o valor é de R$3,50. Os protestos e o descontentamento foi apenas em junho de 2014 e ficou por isso mesmo.
Retomando o raciocínio referente a relação público/BRT esta modalidade de transporte foi uma interessante iniciativa para as cidades, porém não contou com um povo mal-educado, desonesto e velhaco que faz de tudo para levar vantagem desnecessária.
Notas e referencias:
1N.A. (Nota do Autor) – A química Dulciléia Rangel colaborou com o artgo referente ao contexto musical da década de 1970 através de uma entrevista concedida.
2Ver artigo de Ísis Nogueira em http://www.gostodeler.com.br/materia/14736/a_etica_em_processo_de_extincao.html?sms_ss=blogger&at_xt=4d67c1679dde5c51%2C0
3N.A. - Do qual preservaremos o seu anonimato a fim de protegê-lo.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Tem mais ministérios do que se necessita.

Aristocrácia
             A cada ano ou a cada governo que entra funda-se um novo ministério, que atende as necessidades dos interesses partidários, acima das necessidades dos interesses estruturais da sociedade. Não querendo dizer que os ministérios sejam desnecessários, porém, o excesso numérico de ministérios leva a descredibilidade, ao aprofundamento da burocracia – com seus entraves, e o consumo voraz de recursos para mantê-los.
Segundo o livro de O.S.P.B. do professor José Hermógenes, durante o período dos governos militares havia quatorze ministérios que funcionavam de forma a atender as necessidades do país em geral.
Ao passo que hoje existem tinta e oito ministérios, secretarias com status de ministérios. Muitos desses ministérios são partições de antigos ministérios que eram um só, outros são criações duvidosas e até desnecessárias. Tem situações em que a sociedade imbuída de sabedoria pode resolver.
Sábios
Ahhh!!! Sabedoria...atributo raro no Brasil. Mais raro ainda em nossos anciões.
Neste paralelo deve ser ressaltado o crescimento numérico dos ministérios com a antiga União Soviética que possuía oitenta e cinco ministérios.
Ao passo que nos Estados Unidos, de tamanho continental, possui treze secretarias, para resolver os impasses daquela sociedade.
Mundo bipolar
Pelo visto e pelo andamento da carruagem teremos outros ministérios, mas falta criar o mais importante e necessário de todos os ministérios: o Ministério do Cafezinho. Que irá servir todos os outros ministérios durante as reuniões e, logicamente, o ministro irá servi os demais com uma camisa branca, grata borboleta, bandeja de platina com xícaras de porcelana, fabricadas na Ilha de Murano, com um sorriso nos lábios e em silêncio, um café, legítimo, do tipo exportação.
Xícaras de café


Artigo escrito em colaboração do professor Eliel Leandro Alves.

1 - O.S.P.B. – Organização Social e Política Brasileira.
2 - HERMOGENES, José – Organização Social e Política Brasileira – Rio de Janeiro – R.J. Ed. Record – 1969 – 6ª edição – págs. 151 à 155.