sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O Casamento na Roma Antiga.

“Aonde tu fores Márcio, eu serei Marcia” – Fórmula matrimonial recitada por uma noiva do período romano imperial.
O cotidiano e a cultura romana são pouco citados nas aulas de História, referentes aos períodos das Romas, republicana e imperial, principalmente sobre a família e a formação desta, que são modelos que perduram até os dias de hoje, apesar das tentativas constantes de destruir a família, que apesar de serem diferente nos tamanhos a essência civilizatória é a mesma.
Haviam três tipos de casamentos na Roma Antiga: O Mano (junção de mãos); o Silemano (sem a junção das mãos) e o Usocápio (atualmente chamado de regime de concubinato, ou seja, viviam juntos). Sendo os dois primeiros escolhidos pelos pais, tanto o noivo para sua filha como a noiva para o filho, casamento arranjado. Já o Usocápio era escolhido pelo casal. A cerimônia de casamento Mano era solene e de fundo altamente familiar, em que o pai da noiva recitava uma fórmula, perante o fogo cerimonial doméstico, a fim de liberá-la dos compromissos com os ancestrais para adotar os do marido. Após a cerimônia doméstica, a noiva adornada com uma coroa de flores e bem vestida, é levada pelo pai até a casa do noivo, que a recebe e recita uma formula e ela recita outra se colocando sobre seus auspícios e dos ancestrais dele. Após a cerimônia ele a pega no colo e a leva para a casa e perante o portal recita uma formula, com a noiva ainda nos braços, e passa pela porta. Após uma outra recitação de prece, em que solicita a aceitação de sua recém-esposa aos ancestrais, será retirada a coroa de flores para se consumar o casamento, para depois ser recolocada, pois até o nascimento do primogênito a mulher ainda é considerada virgem.
Na cerimônia Silemano ocorriam todos os procedimentos, porém, a autoridade do pai da noiva era mantida e o noivo passava a ser parte daquela família, ou seja, um agregado. Esta forma de casamento ocorria em virtude da manutenção do status de uma família poderosa social e politicamente. Desta forma eram mantidos o prestígio e o poder através do casamento e das redes de relações de clientelismo na sociedade romana. Pode se observar que é mantido o patriarcalismo ainda neste caso. A modalidade Usocápio possuía a complexidade da aceitação, pois não ocorria a cerimônia de casamento e não era uma união arranjada pelos pais dos envolvidos, mas escolhida pelos protagonistas desta relação – o homem e a mulher – e decididos a viverem juntos. Porém não eram aceitos pelo colegiado de vizinhos e dos Pater Famílias, que passavam a repudiá-los e insutá-los durante um período de um ano. Após este período passam a serem aceitos por todos, embora esta união validade jurídica. Desta forma podemos observar que muitos destes Modus Vivendi da Antigüidade clássica perduraram até hoje, ou seja, tudo o que fazemos atualmente não é novidade, pois os homens de antanho já o faziam e a família era um patrimônio mantido tanto pelo homem, na figura do Pater Famílias, que representava o governo, a Lei, o sacerdócio ancestral e o mantenedor do patrimônio, dos valores mais elevados e da virilidade, assim como a mulher, que representava a cultura, o amor, o sacerdócio familiar, a educação, a doçura , portanto o matrimônio, a manutenção da união familiar.
Valores que precisam ser resgatados, baseados na ética, na moralidade, no amor, no respeito, na união e na importância das relações.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Roberto Landell de Moura - O padre inventor-cientista.

O padre Roberto Landell de Moura, foi uma das mentes mais brilhantes, investigativas e científicas do Brasil. Muitas de suas pesquisas e invenções são utilizadas nas tecnologias atuais, porém, quase não teve um reconhecimento.
Roberto Landell de Moura, S.J. (sacerdote jesuíta), nascido em 21 de janeiro de 1861, na cidade de Porto Alegre (R.S.), foi um padre de mentalidade científica. Trabalhou com experimentos relacionados a ondas eletromagnéticas, sendo um dos pioneiros na descoberta do rádio, do qual ele mesmo construiu o equipamento, do qual foi patenteado nos Estados Unidos, em 1901. Manteve diálogos científicos com o imperador D. Pedro II, nas oportunidades em que foi capelão coadjunto do Paço imperial, tais diálogos foram importantes para suas pesquisas e invenções. Além do fato de ser um padre jesuíta, cuja ordem valoriza as pesquisas, os estudos e as ciências. Desta forma o padre Landell de Moura teve as características necessárias para ser um cientista, que se interessou por física, química, biologia, psicologia, parapsicologia e medicina.
O padre Landell de Moura realizou sua primeira transmissão de voz humana, em 1893, segundo a publicação do jornal O Estado de São Paulo noticiou que a transmissão aconteceu em 1899. A transmissão realizada por Landell de Moura ocorreu por intermédio de dois instrumentos: um transmissor de ondas, que eram enviadas para um receptor, um telefone sem fio – como foi considerado na época -, que utilizava a luz com uma onda que levava o som até o seu destino. Além, de suas pesquisas no campo da rádio-transmissão, teve sua atenção as energias eletromagnéticas, a relação da energia sutil com o corpo bioplasmático, que em sua pesquisas o chamou de Perianto, ou seja, a bioleletricidade – aura - , que pode ser registrado por fotografia elétrica. Tais pesquisas se iniciaram no Séc. XIX, a princípio eram chamadas de Efluviogafias, só no Séc. XX passaram a serem chamadas de Fotos Kirlian, que utilizou os pricípios do padre Roberto Landell de Moura sobre o Perianto, em que o casal Kirlian (na Rússia, década de 1930) ganhou as glórias e a máquina eletrográfica passou a ser chamada de Máquina Kirlian.
Muitos dos seus inventos servem a humanidade até hoje, o sistema Wireless dos telefones e controles remotos de televisão, porém na época as autoridades tiveram descaso com suas descobertas e invenções e atraiu a antipatia da plebe, que ignorante por natureza, o insultou como “herege”, “impostor”, “feiticeiro” e “padre renegado”, por causa das transmissões de rádio e acusado de ter “pacto com o diabo”, por causa das fotos eletrográficas.
Numa tarde de meados do ano de 1900, ao retornar de uma visita a um doente, o padre Landell de Moura encontrou o seu laboratório e os instrumentos destruídos na casa paroquial. Porém obteve as patentes de seus inventos nos Estados Unidos e no Brasil, posteriormente. Veio a falecer em 1928, na cidade de Porto Alegre (R.S.), no dia 30 de julho, devido a tuberculose. As suas obras mostravam um homem que se destacava por seu brilhantismo e suas habilidades científicas e inventivas, em uma sociedade que não compreendia a ciência e os mistérios expostos pelo padre Roberto Landell de Moura. Obteve o reconhecimento em 2011 e seu nome foi posto no Livro dos Heróis do Brasil, naquele ano.

sábado, 22 de dezembro de 2012

O Budismo e a política.

Política, religião, artes e ciências são os pilares para a construção de uma civilização. O Dharma exposto pelo Buddha é o verdadeiro objetivo dos homens honrados que deveriam dirigir os povos.
Normalmente as pessoas perguntam qual é a posição do Budismo e dos budistas com relação a política, em virtude de um imaginário popular, que as pessoas têm com relação a uma postura calma e tranquila dos seguidores budistas sobre este assunto. Todos sabem o que é a política. É a arte de conduzir os povos rumo as realizações mais elevadas, como nos falavam os sábios de antanho e como nos mostram as arquiteturas sagradas das pirâmides (egípcias e mesoamericanas) e zigurates. Pois o objetivo é propiciar o impulso necessário para a realização do ser humano na sua iluminação e na promoção do bem e da justiça. Como foi explicado no último parágrafo do artigo”Budismo & Cidadania”, o budismo não tem pretensões políticas, mais precisamente, político-partidária, pois o objetivo é estar acima da política, ou seja, ser supra política, norteando os homens com seus ensinamentos, baseados na Lei de Causa e Efeito, a um direcionamento nas ações corretas. O posicionamento do budismo frente a política é de apoio ao melhor, ou seja, ao mais sábio e virtuoso que irá governar os recursos e a sociedade, como nos dizia Platão, em sua obra a República. Desta forma o budismo apoia a verdadeira aristocracia. Pois são os homens virtuosos que possuem a condição e potencialidade para conduzir os povos. Contudo, na ausência de homens virtuosos e sábios o budismo retira o apoio e se abstêm da política em virtude da postura contrária aos corruptos e imorais, que ansiosos por controlar a sociedade e famintos pelo poder trazem mazelas terríveis para a sociedade. E as tradições budistas não são coniventes com esta conjuntura. Uma das questões que o budismo aborda com relação a política é a sua atuação dentro do processo civilizatório, pois o Dharma é o caminho para a realização dos homens na sua elevação espiritual. Mesmo com sua retirada na política em virtude do descaminho ocorrido, os budistas compreendem e respeitam a necessidade da política para os homens comuns, mas com a conjuntura decadente e oclocrática ocorre uma oposição aos regimes corruptos.
Os ensinamentos do Buddha Shakyamuni nos mostram que são as ilusões e os desejos que movem os homens para as realizações, porém o apego as ilusões é que distorcem os caminhos e levam as sociedades a decadência. O Buddha nos adverte:”Percebam que este mundo é impermanente, que as nações são inseguras e instáveis...”. Principalmente nos momentos de decadência gerada pelas paixões e ilusões, que nos desviam dos caminhos corretos e seguros para as missões que temos em vida.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Astrologia/Astronomia - As anãs marrons.

O Universo não para de nos surpreender com seus fenômenos. Eis que descobriram as Anãs Marrons, estrelas que não chegaram a ser estrelas, mas que também não são planetas.
Muitos fenômenos astronômicos/astrológicos nos passam despercebidos, pois nem sempre contemplamos os céus com o devido merecimento, atenção, respeito e cuidado. Porém alguns deles só podem ser observados através de potentes telescópios, embora os astrólogos/astrônomos/astrosofos da Antigüidade conseguissem observar os astros a olho nu, esta técnica ficou perdida e nós homens contemporâneos não sabemos como observar os fenômenos a olho nu. Até por que as luzes de nossas cidades à noite ofuscam as nossas visões ao olharmos para os céus. Um desses fenômenos observados pelos astrônomos contemporâneos, através de telescópios potentes, é o fenômeno das Estrelas Anãs Marrons. Estes são corpos celestes de pouca luminosidade, mas atraem a atenção de nossos cientistas (astrônomos e astrofísicos), em virtude de serem astros de peso maior que um planeta e menos compacta do que uma estrela, ou seja, um intermediário entre os Gigantes Jovianos (Planetas como Júpiter e Saturno - gigantes gasosos) e as Estrelas, propriamente ditas.
Isto se deve ao fato de não conseguir fazer fusão do hidrogênio, em virtude de não possuírem massa suficiente para dar a ignição a essa fusão. Passam então a realizar fusão de deutério, um isótopo do Hidrogênio. Esta fusão lança energia suficiente que rebate a força de sua própria gravidade, o que as fazem brilhar, porém esta luz é fraca e avermelhado (escuro), ficando na faixa do infravermelho, desta forma. Com término do deutério a contração continua, que passa a aumentar a pressão térmica do núcleo, este por sua vez se opõe à força gravitacional deste corpo celeste. Normalmente estas estrelas anãs se situam em sistemas binários, em que dois corpos celestes gravitam em torno de um centro gravitacional, ás vezes pode ser achada solitariamente.
Este fenômeno chama a atenção pela peculiaridade de ser uma estrela que não se realizou e que ao redor da Anã Marrom foi observado a presença de nuvens de ferro, ou seja, ferro em forma gasosa. Este fenômeno leva os astrônomos e astrofísicos a repensarem os elementos e seus estados no universo. Pois para eles, embora ainda não esteja provado, chove ferro na superfície dessas estrelas. E no segundo ponto de vista é que nem sempre há a possibilidade de uma estrela nascer e poderá se tornar um intermediário entre um Joviano ou uma estrela. Lógico que existem outras estrelas anãs. O que nos faz pensar sobre a vida aqui na terra, as nossas vidas, nossos cotidianos. Nem sempre quando quero um filho (a) ele irá nascer é o que acontece com as estrelas Anãs Marrons que nos dão esta lição de vida. Que às vezes podemos obter projetos de segundo ou terceiro escalão de nossas vidas, mas que isto faz parte deste mistério que chamamos de vida. O Universo nos mostra diversos tipos de nascimentos, abortos naturais e mortes, como nos casos de pulsares e magnatatres e pulsares/magnatares. Os homens da Antigüidade quando observavam estes fenômenos tiravam lições importantes destes fenômenos que interferiam a vida na terra, pois o que está em cima (nos céus, Cosmos, Metafísico) é igual ao que está em baixo (na Terra, mundo físico), como disse uma vez o sábio Apolônio de Tiana.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A relação Mestre e Discípulo no budismo e a arrogância dos homens contemporâneos.

“Seguindo homens inferiores, tu irás degenerar: seguindo os de mesmo nível que tu, continuarás o mesmo; mas, seguido os homens superiores (virtuosos e sábios), obterás a santidade. Portanto sigas os superiores, os mestres” - Lama Jamgön Kongtül Thaye.
Quando, nós ocidentais tomamos contato com o Budismo e as demais tradições orientais, observamos como os iniciados se portam frente aos monges e têm uma postura reverencial, como se fossem seus pais ou professores honrados. Essa postura se deve em virtude do relacionamento entre esses monges (monjas), os iniciados e o Dharma mantido e exposto por esses monges. A este fenômeno é nomeado de “Relação Mestre e Discípulo”. Mas o que seria esta relação Mestre e Discípulo? Este fenômeno se expressa por características, que compõe a conjuntura da relação, que dificilmente os ocidentais, homens contemporâneos, defensores das vicissitudes não compreendem, em virtude de suas limitações mentais e do ódio as virtudes e a outras opções de caminhos.
Uma das características que compõe a relação Mestre e Discípulo é que o mestre, seja ele um monge (monja), Dana (professor de Dharma), Abade, patriarca ou Sua Santidade o Dalai Lama, é um professor e um descendente espiritual dos Bodhisatvas e Arharts, que seguiam o Buddha Shakyamuni. Sobre a descendência espiritual, O Venerável Mestre Hsing Yün, nos explica que um (a) monge (monja), que toma os preceitos, mesmos que foram tomados pelos discípulos diretos do Buddha, mantendo os ensinamentos expostos pelo Buddha e seguindo a vida austera que ele e seus discípulos monásticos viveram. E por terem compaixão e bondade amorosa por nós estes homens e mulheres se dedicaram em manter e expor o Dharma, se abstiveram da vida mundana e dedicaram-se a moralidad, a fim de guiar os leigos rumo ao Dharma, ao Nirvana. O outro aspecto do mestre é que é uma pessoa que esta um pouco mais adiantado no caminho da sabedoria, mas é com este professor que devemos aprender o que precisamos saber no caminho Dharma e despertar em nós, discípulos, as potencialidades essenciais. Porém devemos entender que o mestre, ciente de sua condição irá elevar-se, polir-se, na sua própria moralidade e nas virtudes, para eduzir o discípulo nos caminhos do Dharma.. Então este mestre recorrerá aos ensinamentos deixados pelo seu mestre anterior, que está mais adiantado do que ele no Dharma, e recorrerá aos ensinamentos deixados pelos mestres anteriores aos seu mestre. Desta forma voltamos a genealogia espiritual, em que são transmitidos os ensinamentos e as ferramentas para trilhar o Dharma. Com o objetivo de assegurar os ensinamentos corretos, através do exemplo de vida, para o discípulo e que este não se desvie do caminho em que se destina, a sabedoria e ao Nirvana.às vezes o mestre precisa usar o expediente da severidade para corrigir, lapidar e fortalecer o discípulo. A importância do mestre no relacionamento e na transmissão do Dharma se dá em virtude da necessidade de manter acesos os ensinamentos do Buddha, que nos trazem dignidade, sabedoria e felicidade em meio às atribulações de nossas rodas de Samsaras e das ilusões de Maya. Através destas conjunturas que culminam nas ações compassivas e morais dos mestres, que transmitem o Dharma em seus discursos aos discípulos no caminho da sabedoria e da libertação. Com esses atributos o mestre desperta em seu discípulo a admiração e o respeito, que são demonstrados em dois sentimentos: a gratidão e o amor filial ou discipular.´
Outro aspecto importante desta relação é o discípulo que para o seu mestre é um filho espiritual que precisa despertar suas potencialidades (virtudes) e ser lapidado (removida as vicissitudes), pois o discípulo é uma pessoa que busca o caminho para a sabedoria, ele se dedica e se compromete com a disciplina moral transmitida por seu mestre (ao contrário do aluno que não tem comprometimento com a disciplina e nem com a sabedoria, apenas o interessa o conhecimento superficial, para obter algum título - diploma). O discípulo desperta no seu mestre a bondade amorosa a fim de ser instruído nos ensinamentos, com isso desperta nele a esperança da continuidade dos ensinamentos, o Dharma, sendo passado de geração à geração os ensinos, rumo ao infinito. O discípulo evidência ou precisa de três virtudes para a recepção e continuidade dos ensinamentos. Sendo eles a admiração, a investigação e o serviço. Porém o mestre deve ministrar o ensino correto sempre para o discípulo correto, pois tal pessoa deve estar pré-disposta a trilhar o caminho da moralidade e demonstrar respeito, honra e interesse sincero. Não pode ser qualquer um à receber um ensinamento, que não será colocado em prática ou será deturpado. A admiração que evidência a devoção ao mestre, a vida moral deste, e da coerência do ensinamento exposto por esta pessoa mais adiantado que ele no caminho da sabedoria e do Dharma. O discípulo ouvirá e internalizará o ensinamento. A investigação é a virtude de analisar e comparar os ensinamentos expostos a fim de aferir a veracidade do ensino exposto e, assim, aprender com o mestre. O serviço, logo após a investigação, é a prática do ensinamento revelado pelo mestre, no intuito de trilhar as sendas da sabedoria e viver com plenitude e dignidade. Assegurando a continuidade dos ensinos. O discípulo também precisa ter humildade para aprender. Esta humildade é a contemplação e a compreensão de todas as naturezas e fenômenos ocorridos. Não é a contemplação de nossas impotências como no dizia Friedriech Nietchze. Desta forma mestre e discípulo são jóias preciosas no Dharma.
Um dos maiores problemas na falta de compreensão desta Relação Mestre e Discípulo são as distorções dos homens contemporâneos, que em suas iconoclastia e incompreensão rejeitam os mestres e os ensinamentos transmitidos por eles, afirmam-se como seus auto-mestres e promovem o desrespeito e o caos na sociedade. Precisamos ter em mente que os homens que desejam se iniciar em um conjunto de ensinamentos em algum momento precisaram de um mestre para guiá-los nestas trilhas e com isso ter a humildade para aprender com quem sabe. Assim como a arrogância de homens contemporâneos que desqualificam os mestres, os ensinamentos, por amor a imoralidade, a amoralidade e as atitudes desrespeitosas, com o intuito de manter as vicissitudes, justificando-as como “erros mínimos” e prosseguimento destes erros, e atrair demais pessoas para suas hostes oclocráticas e oligofrênicas. Mas que devido a suas infantilidades buscam a atenção de todos em virtude de sua carência e buscam através da piedade alheia a atenção e uma forma de “carinho”. Porém os homens em busca do Dharma se voltam sempre para aqueles possuidores de virtudes a fim de crescer e se elevar nos caminhos da virtude, da sabedoria, da redenção e da plenitude do Dharma, além de nos colocar no caminho da civilização e nos forma a Paidéia.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Os servidores públicos e a Política.

Uma das diferenças dos professores para as demais categorias do serviço público é a sua politização, sendo este critério inexistente no servidor público administrativo, que se deixa levar pelas poucas vantagens, que não colaboram em nada para a valorização e qualidade de vida deste servidor, mergulhando-o na ilusão de vantagens e na inércia de suas funções. Deixam-se levar também pelas operações mecânicas, uma maquinização da pessoa que o leva a irresponsabilidade e a realização de tarefas urgentes e circunstanciais, desperdiçando energia e tempo. E se digladiam por encargos minúsculos, como uma forma de esmolas pelo trabalho realizado, aliás, realizado de qualquer forma – forma tosca, mal feita – para atender a vaidade da chefia. Desta forma a valorização do servidor público a “esmolas” e sorrisos. Na verdade os servidores públicos administrativos têm sido desvalorizados financeiramente e profissionalmente – não alcançam suas auto-realizações – são tratados, tanto pelo público, que é ingrato, ignorante, ignóbil, arrogante e oclocrático, como pelas chefias (coordenadores, secretários e ministros) e, até, entre eles mesmos como hilotas . O servidor público administrativo não é um hilota, precisa saber seu valor, seu papel como agente sócio-político, pois é ele que faz a máquina estatal funcionar para o bem-estar de todos. Desde o Segundo Reinado o servidor público teve um papel fundamental na restauração da figura do imperador e na conseqüente manutenção da ordem. Observando este momento na política nacional a força dos servidores públicos para restaurar a ordem e retornar ao processo civilizatório foi crucial para a realização desta mudança, pois o Período Regencial foi marcado por instabilidade política, que deixou aristocracia e servidores públicos horrorizados com as tragédias e caos reinante, em virtude da ausência da figura central e moderadora do imperador . Segundo Confúcio, o servidor público era escolhido através de rigorosas provas, a fim de nutrir o Estado com pessoas capazes e honradas na direção, na operação e manutenção do governo . O servidor público precisa retomar seu prestígio, sua honra e importância, assim como deve lutar para manter sua qualidade de trabalho, seu ofício, sua carreira como profissional para poder reivindicar o seu Plano de Carreira, Cargos e Salário, a remuneração financeira será conseqüência destas ações e precisa manter sua dignidade, razão e austeridade nas ações profissionais e no caráter. Mas a conquista da carreira deve ser realizada no mérito, no verdadeiro mérito – os critérios acima descritos. Portanto o servidor público administrativo não deve se deixar levar pelas vantagens, nem fazer seus colegas de escada ou bajular os superiores, precisam trabalhar com empenho e honestidade, mostrar seu valor. Não deve ficar na zona de conforto, precisa se politizar – nem esquerda e nem direita – reconhecer-se como um agente mobilizador no governo, para não serem desmoralizados e nem substituídos por funcionários terceirizados.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Oclocracia.

O que é a Oclocracia? Oclocracia?!?!? Me explique o que é essa Oclocracia, por favor! – perguntas diretas dos meus leitores.
Muitas pessoas perguntam, para este colunista que vos escreve “o que é a Oclocracia?”. Neste contexto sociopolítico e no intuito de esclarecer a dúvida, pode ser explicada qual é o significado da palavra e o que ela é. Oclocracia – Okhlos(grego): multidão, plebe, ralé ou a massa; Kratos(grego): poder, governo. Através da etimologia podemos entender que a Oclocracia é o poder da plebe ou, mesmo, o dissabor da irracionalidade das ralés no poder (governo).
Para aprofundarmos mais o conhecimento sobre este fenômeno sociopolítico, então abordemos o entendimento de alguns cientistas sociais e cientistas políticos que analisaram este fenômeno. Para estes a Oclocracia é uma corrupção da Democracia, ou seja, um processo de deterioração, apodrecimento, da situação vigente. Assim como a Oligarquia é uma corrupção da Aristocracia. Segundo Platão, a democracia foi, e é, um regime corrupto, pois este é a decadência da Oligarquia. Foi na democracia ateniense que Sócrates, seu mestre, foi executado, devido a corrupção e a falta de seriedade daquele regime, em pessoas desqualificadas governavam a Pólis. Seguindo o raciocínio de Platão, a desvirtuação da democracia é a Tirania, em que as leis não são respeitadas e obedecidas e os sentimentos desnecessários são exaltados, assim como a bestialidade nas artes. Podemos observar que a Tirania, afirmada por Platão, é a mesma coisa que a Oclocracia, ou seja, a irracionalidade das massas e tirânica bestial e raivosa se assenhorando de tudo no Estado, colocando-se acima da Lei de Causa e Efeito. Outra linha de pensamento afirma que a Oclocracia é uma fase dos processos revolucionários, em que o povo, em sua selvageria, atua na derrubada dos dirigentes, através da irracionalidade das ações, e esta é mantida durante manutenção do poder, com ferocidade e terror, quando muita gente foi guilhotinada e tiveram seus bens apreendidos, distribuídos e desperdiçados pela plebe.
Após as exposições etimológicas e sociopolíticas, pode ser observado que a Oclocracia, fase em vivemos atualmente no país, é um sua essência uma desvirtuação da democracia, que por sua vez é um regime desqualificado e questionável, do qual a plebe através de sua tirania institui a barbárie, impõe suas vicissitudes como valores na sociedade e (des)governa o Estado, as instituições e esbanja irresponsavelmente os recursos, sob o discursos de “igualdade”, “legalidade”, culpabilidade e selvageria.
Eis a Oclocracia. Oh! Abominável Mundo Novo!