quinta-feira, 18 de junho de 2015

Educação e gêneros.

Meninos e meninas são diferentes, têm necessidades diferentes e formas de educação diferentes. Mas ambos têm acesso à educação formal e básica.
O exemplo da jovem paquistanesa Malala Yousafsai na luta pelo acesso feminino à educação acentuou a condição deste gênero com relação a exclusão das jovens orientais no processo de formação básica.
Devido ao atentado sofrido, Malala se tornou símbolo da luta feminina oriental pelo acesso à educação. A jovem foi alvejada pelo Talibã, ou seja, o extremismo fanático, que castra a liberdade individual e o processo civilizatório.1
A jovem heroína
Todos os seres humanos têm direito à educação, seja ela o mais elementar possível, independente de sexo, religião, etnia ou classe sócio-econômica.
Contudo, se nossa jovem heroína, sobrevivente, paquistanesa conhecesse a realidade da educação no Brasil, talvez ela tomaria outra postura. Provavelmente ficaria horrorizada com o descaso dos “estudantes” brasileiros nas suas vidas escolares e o mau uso das salas de aulas.
A nossa cultura ocidental privilegia as camadas turmas mistas, em que meninos e meninas estudam juntos, mas devido ao atraso civilizatório de nossa sociedade e do incentivo a sexualização precoce estes mesmos meninos e meninas usam as salas de aula, mais precisamente entre a troca de professores, para realizarem suas promiscuidades sexuais.
Escola não é motel ou “matinho” para a fornicação infanto-puberal, cuja faixa etária deveria se dedicar ao auto-conhecimento, principalmente as emoções, as vocações e a formação da Paidéia, ou seja, a Escola é o Templo do Logos e a Acadêmia da Civita e do Caráter.
Malala esta correta em reivindicar o acesso das meninas a escolarização, pois é um direito e um dever das pessoas se civilizarem e lapidares seus conhecimentos adquiridos.
Contudo, a mistura de meninos e meninas gerou um confronto de ensinos para a sociedade, pois as formas pedagógicas na educação estão desviadas e corrompidas em nome da democracia e da “liberdade”.
Homens e mulheres têm formas diferentes de aprender, de se relacionarem e de Ser. Ambos são polos diferentes que se completam e compõem o mosaico social.
Caro(a) leitor(a) sejamos sinceros, meninos e meninas precisam ter educações diferenciadas, voltadas para as naturezas de suas polaridades de gênero, além de eduzir suas vocações e refinar o processo civilizatório, que neste último caso precisa ser realizado através das aulas de etiqueta.
Pois, precisamos de uma educação voltada para as qualidades solares e ativas do homem e das qualidades lunares e passivas2 (receptivas) da mulher, ou seja, precisamos formar cavaleiros e damas em nossa sociedade.
Mestre filosofofotografia colorizada
Pitágoras de Samos foi o primeiro grande sábio a se preocupar em educar as mulheres, por isso ele fundou o Gineceu, que tinha a função de educar as moças da aristocracia de Samos para serem damas verdadeiras.3
Assim como os japoneses até o início do Séc. XX, tinham as escolas de gueixas, que eram mulheres esmeradas e voltadas para as Artes mais refinadas da sociedade nipônica.4
Obviamente, que os homens, também, possuíam suas academias e Liceus, assim como os espartanos, as escolas pitagóricas e as orientações de Confúcio na formação do caráter que os educavam.
Jan Amos Komensky
Contudo, Comenius, no Séc. XVII, defendeu a importância da classe mista e do aprendizado lúdico através das brincadeiras. Porém, nos parece que não foi uma boa ideia misturar meninos e meninas.5
Portanto, precisamos de classes ou escolas masculinas e femininas separados a fim de manter a civilização.

Notas:

1N.A. (Nota do Autor) – Atentado ocorrido na tarde de 09 de outubro de 2012.
2N.A – Não confundir com a passividade ou a inércia, mas uma passividade que gera a cortesia, a compreensão, a compaixão e bondade amorosa.
3N.A. - Durante toda a sua vida este filosofo criou uma escola de pensamento filosófico a fim de aglutinar e lapidar a sociedade de Samos.
4N.A. - A palavra Gueixa significa “pessoa que vive da arte”, eram cortesãs, mas se portavam com dignidade e elegância. Não eram prostitutas, segundo o pensamento ocidental.
5N.A. - Jan Amos Komesky – Nascido em 28 de março de 1592 na Morávia (atual República Tcheca) foi pedagogo e bispo protestante. Este pedagogo defendia em sua obra Didacta Magna as turmas mistas com meninos e meninas prendendo juntos.

quinta-feira, 26 de março de 2015

História Cultural: o Rock n’ Roll brasileiro da década de 1980.

Um retrato cultural da juventude da década de 1980 no Brasil.
A década de 1980 no Brasil foi caracterizada pela transição dos governos militares para a “democracia”, medo e acirramento da Guerra Fria, resquícios da Revolução Sexual, consolidação do modelo capitalista, AIDS, Rock in Rio e o surgimento fortificado do Rock brasileiro.
Esta modalidade musical, o Rock n’ Roll, foi adotado pelos jovens brasileiros daquela época em virtude do processo de distensão do Regime Militar, que desejava desde as épocas do Marechal Castelo Branco, os Generais Ernesto Geisel e João Baptista Figueiredo, e da angústia juvenil perante as ameaças de ataque nuclear dos dois blocos vigentes na Guerra Fria – capitalismo e socialismo ou Mundo Livre e Cortina de Ferro -, o fim do Sonho Alternativo juvenil e o movimento Pós-Punk(Darks). Que consolidou a angustia e depressão da juventude, cujas expectativas eram quase nulas ou distópicas.
Contudo o Rock no Brasil possui em suas características a contestação, a rebeldia e a angústia, esta última era uma influência oriunda do Rock e da juventude estrangeiros.
Pois, tanto o Rock quanto os movimentos juvenis tiveram origem de fora do Brasil, que por sua vez recebeu e adaptou a sua realidade, embora, os movimentos e os participantes fossem vistos como alienígenas ou outsiders.
Este fenômeno ocorria em virtude do contato das classes médias altas e altas com o exterior, que traziam as informações e tendências da juventude. Como a juventude, geração do presente autor, estava no contexto da década de 1980, que recebeu toda a carga de informação e sentimentos do Pós-Punk e do recrudescimento da Guerra Fria, com o medo no coração do homem comum da ocorrência de uma 3ª Guerra Mundial e do uso de armas nucleares, que extinguiriam a vida no Planeta. É a partir desta conjuntura que gerou a juventude no Brasil que expressou a sua angústia através da música, especificamente o Rock n’ Roll, cantada na língua portuguesa.
Para que o (a) honrado (a) leitor (a) possa compreender o movimento Pós-punk, este surgiu na Inglaterra entre o final da década de 1970 e o início da década de 1980. Tal movimento juvenil se originou do movimento do fim do movimento Punk, cujo lema era “o princípio do fim”, pois a visão sobre a sociedade e da juventude eram pessimistas e distópicas e tudo era motivo de protesto e agressão, com o intuito de espelhar o que a sociedade realmente era. Mas, como eles mesmos, os punks, haviam dito era o princípio do fim, do qual chegou através da melancolia, da apatia, das expressões soturnas, do novo ultra-romantismo e da estética neo-gótica dos pós-punks – darks – que externavam as qualidades supra-citadas e das nulidades de esperanças e alegrias.
Cantavam suas angústias juvenis a fim de mostrar a realidade intimista da juventude daquela atualidade. Porém, como toda geração juvenil gera seu mártir a deles foi o cantor e compositor inglês Ian Curtis, da Banda Joy Division, que cometeu suicídio em sua casa em 18 de maio 1980. Suas obras deixaram legado para a juventude principalmente para as bandas de rock brasileiras.
Retornando ao nosso tema, o movimento pós-punk influenciou os grupos brasileiros de Rock n’ Roll, que mantiveram o Modus Operandi musical e temático cantando as angústias juvenis em um momento de abertura política no Brasil. Contudo, como nos afirma a farmacêutica Maristela Burti: “Saímos de uma ditadura para entrarmos em uma anarquia”. Tal declaração está coberta de coerência e recheada de razão.
Com relação ao Rock brasileiro este apresentava em seu conteúdo humor, vibração, e energia. Embora, cantava a as frustrações e angústias de nossa juventude das classes médias. Pois, muitas das bandas eram de origem social mais abastada e traziam as tendências musicais e juvenis de fora do país e eles conquistaram os jovens da década de 1980, que se identificavam com as estórias, poemas e fábulas cantadas por esses grupos musicais.
Atualmente as musicas daquela época são massivamente apresentadas nas “Festas Ploc”, que são tributos realizados por, hoje, homens e mulheres feitos, que um dia foram jovens na transição da 4ª para 5ª República, do surgimento do movimento pós-punk, da conjuntura do final da Guerra Fria, expressando suas nostalgias, memórias e alegrias através desses encontros supra-citados.
Portanto, a História também se faz com festas e músicas. Ficou saudoso (a) leitor (a)? então vá ouvir os discos ou CD’s das músicas de nossas épocas.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Década de 1970 – O contexto musical do Brasil: o Estrangeirismo.

Entrevista concedida por uma química que viveu o contexto musical da década de 1970 no Brasil.

História
Em um diálogo informal sobre o cenário musical no Brasil durante a década de 1970, a química Dulciléia de Souza Rangel nos desvela uma realidade sobre o contexto das músicas mais apreciadas, mais ouvidas e mais dançadas daquele período.
Ressaltamos neste presente artigo que a senhora Rangel, foi estudante universitária naquele período, mas não teve envolvimento com movimentos estudantis, ela foi uma entre muitos estudantes universitários que tomaram conta de suas vidas e se empenharam em estudar para ter um futuro brilhante na vida.
Anos 70
Apesar de ser solteira e não ter filhos, hoje ela é servidora pública municipal, mas já atuou na área industrial química farmaceutica na cidade do Rio de Janeiro.
A nossa entrevistada apresentou um vídeo referente a década abordada. De maneira expontânea a senhora Rangel inicou o dialogo:
Dulcileia Rangel: “Roberto. “Você sabe o que realmente vigorou no cenário musical na década de 1970? Foi o estrangeirismo. Ou seja, o gosto por músicas internacionais.”
Gosto de Ler/Roberto Bastos: “Como assim? Por favor nos explique melhor como ocorreu este fenômeno.”
D.R.: “A verdade é que vigorou muito mais o gôsto por músicas internacionais – anglofonas – em detrimento da música nacional. As pessoas curtiam mais um B.J.; Thomas, um Bee Gees, um Johnny Mathis, um Peter Frampton, ou até mesmo, um Eagles. Pois as músicas agradavam muito mais do que as nacionais, além de serem consideradas como de bom ‘tom’ e gosto refinado”.
G.L/R.B.: “Entendo. Pelo que você nos conta o gôsto por músicas de língua inglesa eram mais intensos nesta época...Isto é revelador!!!”
D.R.: Muitos artistas, musicos, brasileiros para se lançarem no cenário da música tiveram que cantar em inglês e até adotou nomes ingleses para fazerem sucesso”.
G.L/R.B.: (Risos)Sério?
D.R.: Um deles, Roberto, foi o Fábio Jr. que cantou a núsica Don’t Let Me Cry e adotou o nome de Mark Davis. Fora outros casos que ocorreram no Brasil. Christian da dupla Christian & Ralph”.
G.L/R.B.: O Fábio Jr. eu já sabia, mas o teu relato traz a veracidade histórica necessária para narrar a verdade cultural da década de 1970 e manter a memória acesa”.
D.R.: E essa é uma verdade que esta sendo esquecida e ocultada”.
G.L/R.B.: Você sabe o motivo?
D.R.: Acho que é para super-valorizar a geração atual”.
Assim encerrou este diálogo que hoje é apresentado a vós, leitores, com a concessão da química Dulciléia de Souza Rangel, que vivenciou aquela época.
Portanto, os testenunhos em História são necessários para manter a memória e narrar o que aconteceu através dos discursos daqueles que presentciaram e atuaram em uma época dinâmica no Brasil.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Tem mais ministérios do que se necessita.

Aristocrácia
             A cada ano ou a cada governo que entra funda-se um novo ministério, que atende as necessidades dos interesses partidários, acima das necessidades dos interesses estruturais da sociedade. Não querendo dizer que os ministérios sejam desnecessários, porém, o excesso numérico de ministérios leva a descredibilidade, ao aprofundamento da burocracia – com seus entraves, e o consumo voraz de recursos para mantê-los.
Segundo o livro de O.S.P.B. do professor José Hermógenes, durante o período dos governos militares havia quatorze ministérios que funcionavam de forma a atender as necessidades do país em geral.
Ao passo que hoje existem tinta e oito ministérios, secretarias com status de ministérios. Muitos desses ministérios são partições de antigos ministérios que eram um só, outros são criações duvidosas e até desnecessárias. Tem situações em que a sociedade imbuída de sabedoria pode resolver.
Sábios
Ahhh!!! Sabedoria...atributo raro no Brasil. Mais raro ainda em nossos anciões.
Neste paralelo deve ser ressaltado o crescimento numérico dos ministérios com a antiga União Soviética que possuía oitenta e cinco ministérios.
Ao passo que nos Estados Unidos, de tamanho continental, possui treze secretarias, para resolver os impasses daquela sociedade.
Mundo bipolar
Pelo visto e pelo andamento da carruagem teremos outros ministérios, mas falta criar o mais importante e necessário de todos os ministérios: o Ministério do Cafezinho. Que irá servir todos os outros ministérios durante as reuniões e, logicamente, o ministro irá servi os demais com uma camisa branca, grata borboleta, bandeja de platina com xícaras de porcelana, fabricadas na Ilha de Murano, com um sorriso nos lábios e em silêncio, um café, legítimo, do tipo exportação.
Xícaras de café


Artigo escrito em colaboração do professor Eliel Leandro Alves.

1 - O.S.P.B. – Organização Social e Política Brasileira.
2 - HERMOGENES, José – Organização Social e Política Brasileira – Rio de Janeiro – R.J. Ed. Record – 1969 – 6ª edição – págs. 151 à 155.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Epiteto: Filósofo e escravo.

Quando falamos sobre a Filosofia Estoica, a primeira coisa que nos vem a mente é a palavra austeridade. A segunda são os filósofos estoicos romanos mais importantes: Sêneca, Epiteto e o Imperador Marco Aurélio. A terceira coisa que vem nas mentes dos esclarecidos é a relação entre o Estoicismo e o Cristianismo, pois esta filosofia greco-romana serviu de base para a conduta moral no Cristianismo.
Este fato gera uma discussão entre fanáticos, cristãos moderados, filósofos e historiadores da cristandade. Porém, voltemos a nossa atenção para um dos mais importantes filósofos estoicos, em virtude de sua condição de escravo, e que o tornou uma figura ignorada na História da Filosofia, tanto por parte de uma classe intelectual como por parte da plebe analfabeta funcional, grosseira, ignóbil, imoral e bestializada.
Mas antes de falarmos deste filosofo, precisamos enxergar o cenário histórico vivido por ele, compreender a Filosofia aprendida e aplicada por Epiteto, que ele ensina depois sua liberdade. Este sábio homem, viveu em uma Roma Imperial que passava da transição do Imperador Cláudio para Nero, considerado um dos piores imperadores romanos, por viver de forma luxuriosa e ter sido um tirano que levou o medo a outras províncias do Império, pela perseguição aos cristãos, por se cercar de homens (assessores) brutais, assassinato de sua mãe, parentes e outros, pelo incêndio de Roma e, da seguida, tomada de posse desta área queimada a fim de construir um área de passeio e do Palácio Pessoal.
Nero ainda condenou a morte seu próprio professor, o filosofo Lúcio Anneo Sêneca, que cortou seus próprios pulsos a fim de cumprir a pena dada pro seu ex-discípulo1.
Desta forma podemos observar o terrível quadro desta época. Em uma Roma caracterizada pela Tirania, violência, loucura e luxúria.
Neste exato momento vigorava entre as mentes mais brilhantes de Roma a Filosofia Estoica, surgida em meados do Séc. III a.C., em uma galeria publica decorada com preciosas pinturas (Stoa Poikolé), em Atenas em que Zenon de Kitium (fundador desta escola) se reunia com seus discípulos para ensinar suas doutrinas.
Estas doutrinas tinham suas raízes no Socratismo e na filosofia Heraclitiana2. A doutrina filosófica do Estoicismo tinha como característica a serenidade do filósofo, sentido de dever, da austeridade e a força moral, a fim de alcançar a felicidade espiritual, algo semelhante ao Nirvana, a Eudamônia (felicidade) oriunda daAtaraxia (tranquilidade, Dyanna3) – tais métodos podem ser comparados ao Zen.
A partir do Séc. I d. C. O estoicismo migra para Roma, através de Posidônio de Apamea, que fez amizade com homens ilustres de Roma com Cícero, Pompeo e Mário. Esta escola se destacou em Roma e marcou a Filosofia sendo conhecida como “Novo Estoicismo” ou “Estoicismo Imperial”. Lançada as sementes em Roma, alguns filósofos desta escola se destacaram.
Contudo, neste presente artigo abordamos a figura de Epiteto entre os filósofos estoicos de Roma.
Nascido na Frígia em c. 50 d.C., na cidade de Hierápolis de forma obscura, em virtude de sua origem social, tendo uma juventude laboriosa e dura, pois foi escravo de Epafrodito, secretário de Nero, que fora um amo ambicioso e cruel submetendo o filósofo a maus tratos freqüentes4. Porém, mesmo nesta miserável condição, Epiteto fez de sua dor e da sua situação a mola motriz para a prática dos ensinamentos do Estoicismo a fim de aprimorar seu caráter provando que independente de tantas e ciclópicas5 adversidades a sua alma imortal era independente e dona de si.
Epiteto foi alforriado após a morte de Epafrodito e passou a divulgar a doutrina estoica, porém, ele fora de Roma em virtude do Édito Contra os Filósofos do Imperador Domiciano (90 – 120 d. C.). Mesmo exilado continuou ensinando a Filosofia Estoica ao ponto de alcançar renome. Seus ensinos foram recolhidos e transcritos por seu discípulo Flávio Arriano – O Enkeridion (manual para a Vida) e os Discursos.
Epiteto foi amigo pessoal do Imperador Adriano ( 117 - 138 d. C), consagrou-se como um filósofo estoico por causa de sua aura e Modus Vivendi virtuosos.
Desta forma honrado (a) leitor (a) este artigo faz a justa divulgação e manutenção da vida e obra de Epiteto, pois não ele deve ser desprezado por causa de sua condição social e pelo trabalho realizado assim como outras pessoas em atual situação idêntica a de Epiteto, pois nossa sociedade valoriza as aparências, as posses materiais e o Status Social, desprezando o sábio, virtuoso e coerente trabalhador.
Como afirmou uma vez um monge budista japonês do Séc. XIII – Nichiren Shonin (16 de fevereiro de 1222 – 13 de outubro de 1282): “Não devemos desprezar o ouro por estar contido em uma bolsa suja”.
Notas e referências bibliográficas:
1N.A (Nota do Autor) – Tal ação foi influenciada pela vida e morte de Sócrates e pela silêncio de Jesus Christos perante Pôncio Pilatos e sua consequente crucificação.
2Referente a Heráclito de Eféso, fundador do Mobilismo.
3Dyanna – concentração tranquila uma dos estados da mente professados pelo Budismo.
4N.A. - Chegando a quebrar a perna de Epíteto, que passou a usar moletas para transitar.

5N.A. - Gigantesca, imensas e de grande estatura e assustadora.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

O êxodo para Marte: Astronáutica e História.

A Terra pode ser o berço desta humanidade que conhecemos, mas ninguém pode viver no berço eternamente.
Um grupo de pessoas se inscreveu para uma viagem de ida para o planeta Marte, sendo esta viagem apenas de ida e com a certeza de não voltar a fim de fundar uma nova civilização. Cogitou-se de televisionarem a estadia destes colonizadores como um Reality Show. Mais do que uma aventura esta viagem é a execução de um plano maior para o prosseguimento da raça humana e de um plano maior na construção de uma civilização aristocrática, ou seja, baseada nas virtudes.
Embora a sociedade brasileira não apoie esta iniciativa em virtude de sua oligofrenia e incapacidade de almejar ou compreender a grandeza dos astronautas e do devir histórico. Ainda assim o êxodo para Marte ocorrerá, pois diversas pessoas estão se inscrevendo para esta seleção, que será uma viagem sem retorno para construir uma nova sociedade, ou seja, uma nova oportunidade para recomeçar e viver o Ideal, tão almejado pelos sábios do passado.
Desta forma podemos afirmar que estes audazes colonos vão nos dar a resposta do nosso pequeno mistério: “De onde nós viemos?”. Pois, eles estão repetindo a mesma formula realizada pelos homens de antanho, ou seja, a história se repete. Segundo, uma antiga lenda indígena a Terra foi colonizada por homens que vieram de outro lugar em virtude de uma caça. Eles atravessaram um determinado portal que os trouxe para este planeta. Porém, eles não encontraram o caminho de volta e passaram a viver e a colonizar este mundo o fazendo de seu lar. Os outros homens que ficaram nos outros mundos, com saudades de seus companheiros acenderam fogueiras para guiar seus caminhos de volta.
Como foi dito no artigo “Mitologia e História: E os heróis míticos” – lendas são lições que carregam a verdade – pois podemos observar que diversos Livros e versículos Sagrados afirmam a existência de outros mundos com outros povos humanos como habitantes. Podemos observar as passagens do Bhagavad Gita, palavras de Jesus Christos e textos dos Sutras e Abdharmas budistas que falam sobre os humanos de outros mundos, estas fontes nos mostram a capacidade da vida humana existir, se adaptar e evoluir.
Segundo o autor Cyril Hoskins (Lobsang Rampa), em sua obra “Entre os Monges do Tibete”, que em um encontro com inteligências de outros mundos que possuíam aspectos e estaturas diferentes, porém eram todos humanos, que sob as influências dos ambientes de onde eles vieram passaram por mudanças adaptáveis, pois a evolução é a capacidade máxima de adaptação a fim de continuar a espécie.
Assim como Giordano Bruno havia feito esta afirmação durante o Renascimento, que havia outros mundos com vidas humanas similares a de nosso mundo visto que há muitos sistemas similares ao nosso e com condições parecidas com nosso mundo.
Este processo de colonização, que esta sendo afirmado neste presente artigo, tem como base a Teoria de que em tempos incontáveis e imemoriais a Terra era um corpo celeste inóspito, a vida como se deu aqui veio de uma conjuntura de condições como o resfriamento para que pudesse ocorrer o fenômeno da vida. Porém para que ocorresse a colonização se fez necessário o processo de Terraformação a fim de tornar o Planeta o mais apropriado para a colonização. Ou seja, observamos a manifestação de Causa e Condições neste conjunto de ações e fenômenos.
Embora o presente autor que vos escreve afirmou em seu artigo “Astronáutica: reflexões e perspectivas”, que o Brasil e o povo brasileiro esta longe de serem tocados pelos encantos de Urânia, a musa da astronomia, ainda existem aqueles que se destacam da multidão. Pois são estes que têm a sensibilidade e a sabedoria para compreender os movimentos cósmicos que se apresentam e das sutilezas que caminham no Universo.
A ida destes homens para Marte responde nossa indagação sobre a origem, além de serem motivados pelo processo de Ascensão-Apoteose-Queda, pois os recursos do Planeta estão se esgotando e para que haja uma regeneração se faz necessário um momento de repouso planetário, da diminuição drástica de atividades extrativas e da diminuição populacional.
Sendo assim um ciclo se repete para expor e aplicar a origem humana, através da continuação da espécie humana pelo Kosmos. E para estes intrépidos e venturosos colonos uma boa viagem.